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Diário da Amazônia

Comissão da Criança ouve equipe de hospital

O diretor do Cosme e Damião disse em reunião na ALE que o gargalo é a superlotação.

Por Assessoria
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Publicado: 03/09/2015 às 05h40min

Equipe do Hospital Cosme e Damião participou de reunião na Assembleia Legislativa

Equipe do Hospital Cosme e Damião participou de reunião na Assembleia Legislativa

Em reunião na terça-feira, no Plenarinho da Assembleia Legislativa, a Comissão de Defesa da Criança, Adolescente, Mulher e Idoso ouviu da equipe administrativa do Hospital Infantil Cosme e Damião as necessidades da instituição. Após visita ao hospital e constatar a realidade do local, o presidente da comissão, deputado Airton Gurgacz (PDT), convidou o diretor-adjunto Sérgio Pereira; a chefe do setor social, Érica Lima; e a psicóloga Kelma Johnson, para exporem as principais dificuldades da unidade.

De acordo com o diretor-adjunto, o gargalo do hospital é a superlotação. Segundo ele, a instituição seria o único hospital de urgência e emergência infantil de Rondônia, recebendo pacientes dos 51 municípios e atendendo também a crianças e adolescentes de regiões do Mato Grosso e do Amazonas.

“Muitas vezes são pacientes que poderiam ter sido atendidos no posto de saúde, na unidade básica, e essa demanda acaba sobrecarregando o hospital, pois lá ninguém fica sem atendimento”, declarou Sérgio Pereira.

Ele explicou que mesmo com algumas dificuldades é possível afirmar que os trabalhos estão avançando devido o apoio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). A instituição aguarda a liberação de emendas pelo Governo Federal para a ampliação em mais 20 leitos de UTI.

Outro aspecto apontado por Sérgio Pereira é a questão do regulamento de pacientes. Segundo ele, se todas as unidades de saúde informassem os dados clínicos dos pacientes que saem de outras localidades antes de chegar ao hospital, muito mais vidas seriam salvas.

“Trabalhamos com ‘vaga zero’ e essa falta de comunicação atrapalha muito, pois se nos informassem o quadro clínico da criança antes dela sair do seu município de origem, o atendimento já ficaria encaminhado e tudo seria mais fácil”, disse.

VIOLÊNCIA

Sobre a violência doméstica infantil, a assistente social Érica Lima apresentou relatório de estatísticas dos últimos cinco anos onde apontou ações voltadas ao melhor atendimento às vítimas de violência.

A instalação de uma Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) dentro do próprio hospital para o registro de boletins de ocorrência seria uma das alternativas, pois, segundo Érica, a unidade de Porto Velho não atende 24 horas.
O aumento do número de Conselhos Tutelares também foi apontado como medida para facilitar o atendimento a crianças e adolescentes que, segundo a assistente social, sofrem qualquer tipo de violência e que são encaminhados ao Cosme e Damião.
O presidente Airton Gurgacz, ao lado dos demais membros da comissão, deputado Só na Bença (PMDB) e deputada Rosângela Donadon (PMDB), afirmou que o relatório será analisado na íntegra para que a comissão tome conhecimento das ações a serem providenciadas junto ao governo do Estado e demais parlamentares.

“Assim poderemos apoiar o bom andamento dos trabalhos do Hospital Infantil Cosme e Damião e preservar a saúde das crianças”, argumentou.



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