Servidores públicos ocuparam ontem o prédio da Câmara Municipal; comissão vai discutir com a prefeitura
Na tarde de ontem foi realizada uma sessão no plenário da Câmara de Porto Velho para discutir a extinção do quinquênio dos servidores públicos do município. Ficou decidido a criação de uma comissão para tratar do assunto. A comissão será composta de representantes de sindicato e representastes da prefeitura.
Os servidores lotaram as dependências da Casa de Leis municipal e cobraram dos vereadores o retorno do benefício, que segundo eles foi tirado de forma injusta. Do outro lado, os vereadores justificam que não votaram na exclusão do quinquênio e justificam que caíram em uma armadilha.
Segundo o prefeito Hildon Chaves em coletiva de imprensa realizada por ele em seu gabinete explicou que o fim do pagamento do adicional seria apenas para os futuros servidores da capital, mas o pagamento do quinquênio está assegurado a todos os servidores municipais que ingressaram até o último concurso público, isto é, aqueles que estão com o adicional em andamento.
Por volta das 15h a sessão foi suspensa pelo presidente da Câmara, vereador Maurício Carvalho (PSDB), devido o grande tumulto. Após uma reunião com a comissão em sala fechada, a vereadora Elis Regina (PC do B) informou que foi decidido que os vereadores concordaram em analisar os dados para decidir se vai ser extinto o quinquênio dos servidores.
Júlia Rocha (46), servidora pública enfatiza que caso tenham que fazer greve, só vão voltar quando tiverem certeza de que o benefício não vai ser cancelado.
“A gente não quer ter que fazer greve, mas estamos sendo obrigados pela situação. O prefeito e os vereadores não podem fazer isso com a gente, é injusto, são benefícios que conquistamos há muito tempo, e se fizermos greve só vamos voltar com as atividades quando tivermos certeza que os benefícios não serão cortados”, disse.
Vereadores tentaram colher assinaturas para tentar cancelar sessão que votou projeto que extinguiu quinquênio de futuros servidores.
