Presidente em exercício da ALE, Maurão de Carvalho, recebeu a comissão de moradores
Ao ser recebida ontem pelo presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado Maurão de Carvalho (PP), uma comitiva formada por representantes do distrito de Jacy-Paraná demonstrou preocupação em relação à morte de uma grande quantidade de peixes, estimada em 14 toneladas, no período do defeso, por conta das obras das Usinas do Madeira que impedem a subida para a desova. O presidente da Associação de Moradores, Joel Bino de Jesus, assim como o representante do setor Jurídico da Associação, Aldomiro Alves; e o pecador Francisco Pereira Sales foram unânimes em pedir socorro aos deputados estaduais para que seja realizada fiscalização junto às obras das usinas, especialmente nos trechos onde os peixes sobem o rio para a desova.
“Queremos, com urgência, que o Poder Público nos ajude, pois isso é uma tragédia para o futuro”, afirmou Joel Bino.
Os representantes ainda entregaram ofício ao deputado pedindo que a Casa de Leis intervenha junto à Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) para que realize a fiscalização em resposta às famílias. “Somos 180 famílias que sobrevivem exclusivamente da pesca e estamos muito preocupados com o futuro”, destacaram.
Maurão de Carvalho disse que vai solicitar à Comissão de Meio Ambiente da ALE para que indique deputados para uma visita ao local junto com a equipe da Sedam. Ele garantiu que a Assembleia não irá ficar omissa diante dessa grave situação, que foi alvo de debates no passado. “Após a visita, vamos nos reunir e debater o que foi visto e na sequência propor uma audiência pública com as autoridades envolvidas para justificar o que está acontecendo”, destacou Maurão.
O representante jurídico da Associação de Moradores de Jacy-paraná afirmou que as famílias apresentaram às usinas projetos para a criação de cerca de 10 espécies de peixe, instalação de laboratório e proposta de remuneração para todos os pescadores pelo período de cinco anos para que o rio madeira pudesse se recompor das obras realizadas. Mas o projeto foi recusado pelas empresas.
