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Diário da Amazônia

Como funciona o plano da Rússia para destruir asteroides ?

Nós podemos não lembrar de grandes rochas espaciais, atingindo a Terra mas, com certeza, os dinossauros se lembrariam. Isso, se ainda..

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Publicado: 23/12/2019 às 09h38min

Nós podemos não lembrar de grandes rochas espaciais, atingindo a Terra mas, com certeza, os dinossauros se lembrariam. Isso, se ainda existissem e não tivessem sido destruídos por um asteroide. Contudo, a colisão de asteroides é um evento recorrente em nosso planeta. Além disso, para piorar a situação, a maioria dessas rochas voa em trajetórias que os cientistas não podem avistar, e muito menos, avaliar sua ameaça. No entanto, tudo isso pode mudar graças a um ambicioso plano da Rússia, para destruir asteroides.

Para combater essas e outras ameaças, os cientistas russos estão pesquisando uma tecnologia, que além de acompanhar, também permita explodir os objetos no espaço. De acordo com a agência espacial russa, a Roscosmos, o governo está trabalhando em um centro dedicado ao monitoramento de meteoros, cometas e asteroides.

Destruindo asteroides que possam ameaçar a Terra

De acordo com Igor Bakaras, chefe do Centro de Informação e Análise, os cientistas russos estão pesquisando tecnologias, que poderiam permitir que a humanidade combatesse a ameaça de rochas espaciais perigosas. Dessa maneira, a pesquisa inclui uma variedade de propostas sobre como destruir asteroides, ou mesmo, alterar a órbita de objetos celestes, que representem ameaça. Com isso, o plano é desenvolver uma pesquisa, que envolva o conceito de impacto cinético. Assim, será possível usar satélites, para mover um asteroide, que está em uma rota perigosa. Esse método é conhecido como “reboque gravitacional”, Além disso, seu uso também pode ser voltado para motores de foguetes e velas solares.

Atualmente, a maior dificuldade, para implementação da técnica, é a falta de precisão nos dados. Afinal, ainda não há uma ciência exata, que possa prever as características dos corpos celestes. De fato, seus movimentos, estruturas e propriedades físicas ou químicas ainda precisam ser muito estudados. Por conta disso, “o trabalho nessas áreas é limitado à pesquisa teórica e modelagem matemática de várias contramedidas”, explicou Bakaras.

No que pode resultar esse projeto?

Além desses esforços, a Roscosmos também está trabalhando para criar um novo Centro Russo para Pequenos Corpos Celestes. Com isso, o centro será responsável por detectar e rastrear corpos celestes. Inclusive, poeiras espaciais, meteoros, cometas e asteroides. Todos eles estarão dentro da lista de possíveis ‘alvos’. Por fim, o centro também irá interagir com a Roscosmos, com a Academia Russa de Ciências, com o Ministério de Emergências da Rússia e também, com o Ministério das Relações Exteriores. Além de claro, trocar informações com governos estrangeiros e organizações internacionais.

De acordo com Barakas, os asteroides podem ser mais raros do que pensamos. Embora voos de asteroides, potencialmente perigosos, sejam regulares, os que podem destruir a civilização são bem mais. Para se ter uma ideia, esse tipo de corpo celeste só atinge a Terra, uma vez a cada 100 milhões de anos. Por exemplo, o último asteroide do tipo, que tivemos notícia, causou a destruição dos dinossauros. No entanto, em mais de 100 mil anos da história moderna, não houve colisões semelhantes.

Para causar uma destruição, como a dos dinossauros, foi necessário um asteroide de 10 km de largura. Contudo, um asteroide de 1 km já poderia causar uma catástrofe global, deixando uma cratera de cerca de 20 km. Enquanto isso, rochas de 15, 20 e até 100 metros são mais comuns, atingindo nosso planeta a cada 30 anos. No entanto, não se deixei enganar, mesmo esses corpos celestes já podem causar um tsunami, caso aterrizem no oceano. De todo modo, essa pesquisa pode ser a chave para salvar o planeta em um futuro próximo.

FONTE: Fatos Desconhecidos



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