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Confúcio faz balanço no Rondônia em Debate

Ao conceder entrevista na noite de quinta-feira ao programa Rondônia em Debate na Rede TV, com transmissão estadual, o governador..

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Publicado: 22/12/2013 às 01h34min | Atualizado 27/04/2015 às 21h05min

A3 ABRE copyAo conceder entrevista na noite de quinta-feira ao programa Rondônia em Debate na Rede TV, com transmissão estadual, o governador Confúcio Moura explicou o termo de compromisso que os secretários assinaram ao assumir o cargo. Ele esclareceu que se trata de um plano de metas, o que é normal dentro da iniciativa privada e que em um dia da semana não atende ninguém e fica lendo o plano de cada secretário e realizando as cobranças. “Este é um modelo que copiei e aperfeiçoei dos governos de Minas e Espírito Santo”, disse.

Quanto à modernização do Estado, o governador afirmou que esta será uma das prioridades para o próximo ano, inclusive com a realização de concurso público. “Bancos, Correios e lojas estão todos modernizados. Por que o Estado também não pode ser mais eficiente?”, questionou.
Sobre a reforma administrativa, Confúcio lembrou que em reunião na última segunda-feira com os secretários pediu para que os que desejam se candidatar tomem a iniciativa de deixar o governo e indicar um técnico da equipe para substitui-lo. “Se eu trouxer outra pessoa de fora, até que entenda a máquina pública já perdemos seis meses”, explicou.

Em relação à reeleição, deixou claro que ainda não deu a resposta ao seu partido pois antes precisa definir algumas questões pessoais. “E também não quero antecipar o período eleitoral sem necessidade disso”.

OBRAS

Durante o programa houve a divulgação de obras do governo em várias cidades do interior. Em um deles, o prefeito de Vilhena, José Rover, agradeceu ao governador Confúcio pelas obras, assim como o prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires. Em Vilhena foram entregues 200 casas dos programas Morada Nova e Minha Casa Minha Vida. Confúcio explicou que a parceria funciona bem, pois o governo Federal entra com a verba para construção das casas e o Estado com as obras de infraestrutura, asfalto, água, saneamento, telefonia. “Não adianta só colocar o povo lá, tem de dar esta estrutura. Este programa vai fazer um total de 22 mil moradias em Rondônia”.

Confúcio ainda falou sobre o que essa quantidade de obras representa para a economia, pois tudo o que é utilizado na construção é adquirido de empresas locais. “Só para estas moradias, imaginem a quantidade de cimento, areia, azulejo, cerâmica, pagamento de salários de centenas de trabalhadores. Tudo isso fica em Rondônia”.

Em Porto Velho, só no Orgulho do Madeira, que será entregue parcialmente em março, são quatro mil moradias de qualidade para a população e ainda terá toda a infraestrutura necessária. O governador lembrou que pela quantidade de pessoas que terão o Estado e o município a construção de escolas e creches é necessário para atender à demanda.

Confúcio garantiu que o Estado atua em 47 municípios com algum tipo de obra, e anunciou que em 2014 os 52 serão atendidos com o programa Asfalto Bom. Só em Porto Velho serão 150 quilômetros. “Este asfalto está sendo feito em duas modalidades: uma com recursos próprios, produzido em uma das três usinas de asfalto do Estado. Temos também outras sete de menor porte. Quando assumi não havia nenhuma. Isso garante a redução do custo final da obra”, afirmou. Outro modo é a contratação de terceiros.

Questionado sobre o pagamento dos fornecedores e convênios, o governador rebateu e confirmou a queda de arrecadação e salientou a reforma administrativa que teve de realizar para equacionar as contas públicas. “Tive com muito sofrimento de exonerar 1.842 cargos, mas foi necessário”. Ele afimrou que um dos convênios beneficiados foi o Hospital de Câncer de Barretos que recebeu três meses atrasados. “O hospital tem alto custo de manutenção e conseguimos com o Detran fazer estes pagamentos”. Sobre os demais fornecedores, Confúcio disse que o Estado está se preparando para liquidar todas as despesas em março de 2014. Segundo ele, um acordo com as usinas irá possibilitar a conclusão do Palácio Rio Madeira e a partir daí todas as secretarias irão estar definitivamente no prédio, ”o que irá gerar mais economias em aluguéis e outras despesas.

TRANSPOSIÇÃO

Sobre a transposição, o governador se diz desanimado, pois o governo Federal tem colocado empecilhos jurídicos para efetivá-la. Ele disse ainda que irá se reunir com os sindicatos para que acessem a Justiça, pois o Estado, através dos procuradores, vem tentando de tudo mas a Advocacia Geral da União (AGU) tem colocado empecilhos. Um deles seria a questão dos demitidos do governo Bianco, que segundo a AGU ao terem sido demitidos, teriam cancelado o seu contrato de trabalho. Mas os procurados do Estado entendem que se eles retornaram é porque mantiveram o vínculo. Ele lembrou o caso dos policiais militares que entraram na Justiça e já conseguiram ser incorporados à União.

O jornalista Alessandro Lubiana afirmou que Ji-Paraná sempre foi esquecida pelos governadores e que Confúcio está sendo “bonzinho” com a cidade, pois várias obras estão sendo executadas na cidade e região. O governador disse que não está sendo bonzinho. Está cumprindo com o que Ji-Paraná representa ao Estado. Entre as obras em Ji-Paraná está o anel viário que deverá ser concluído até o fim de maio de 2014. Confúcio ainda salientou o trabalho considerado por ele como magnífico realizado pelo senador Acir Gurgacz, que conseguiu uma emenda e possibilitou a construção dos viadutos que alargaram aquele trecho. Ele citou também outras obras em Ji-Paraná, como o Igarapé do Pintado, o aeroporto executado com recursos do DER, que estava orçado em R$ 5 milhões e baixou para R$ 700 mil; a escola em tempo integral e as obras do complexo Beira Rio. “Não é só em Ji-Paraná. O estado está trabalhando nos 52 municípios. Já foram executados, por exemplo, 12 mil quilômetros de asfalto nas rodovias estaduais, enquanto que em todo o governo anterior fizeram cinco mil. “E ainda estamos ajudando vários prefeitos com asfalto e melhorias na estradas vicinais, como por exemplo Campo Novo, que já recebeu 1.100 quilômetros, e Guajará-Mirim, 800. Em vários desses municípios o Estado é parceiro, “entramos com as máquinas, combustível e às vezes até com a alimentação dos trabalhadores”, salientou Confúcio.

Entre outros investimentos Confúcio ainda falou sobre a realização de concursos. O primeiro a acontecer será o da Sedam. Outros virão ainda em 2014 em áreas como, Polícias Militar e Civil, Controladoria, Gestores Públicos e Tecnólogos da Informação. “Esse últimos temos muita carência para poder modernizar rapidamente nosso Estado”.



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