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Editorial

coluna

Publicado: 02/06/2019 às 05h00min | Atualizado 03/06/2019 às 16h27min

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Conjuntos e residencias populares se tornam em redutos do crime

As facções criminosas estão ganhando força nas capitais da região Amazônica e Porto Velho também sente o peso dessa violência. O..

As facções criminosas estão ganhando força nas capitais da região Amazônica e Porto Velho também sente o peso dessa violência. O crime organizado difunde rapidamente novas modalidades criminosas a cada momento em que as práticas anteriores são reconhecidas e combatidas. As forças de segurança pública precisam trabalham com agilidade no combate para que não percam o controle como em outras capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza.

A medida que as facções vão ganhando territórios, a população vai ficando acuada com o crescimento da violência. As drogas são espalhadas com maior intensidade e o índice de viciados, que patrocinam as mazelas, aumentam assustadoramente. Os consumidores de drogas (de todas as classes sociais) são patrocinadores e principais vitimas da violência que dissemina sem piedade. Com isso, crimes como furtos, assaltos, latrocínios e acertos de contas
tornam rotinas de cidades tomadas pelas miras de armas e pela imprudência de bandidos.

A Polícia Civil fez uma operação louvável no Orgulho do Madeira (gigantesco conjunto residencial popular) que se tornou a Rocinha de Rondônia. Dessa operação policial pode culminar num mecanismo de combate que espera-se acabar com o controle do crime organizado naqueles blocos de apartamentos. O que era para ser a grande solução
habitacional de Porto Velho se tornou no grande problema de convivência. A violência é tão gritante de muitos moradores não suportam e saem de seus apartamentos, abandonando o sonho de uma moradia própria.

E não é apenas o Orgulho do Madeira que virou reduto de facções criminosas. Outros conjuntos residenciais espalhados pela Capital estão tomando o mesmo rumo. A falta de políticas públicas para acolher as populações desses blocos residenciais, e a ausência de aparelhos sociais como CRAS, unidade de saúde, creches, escolas e postos avançados de policiais deixam os locais vulneráveis e sem perspectivas. E aí que mora o perigo.

Mas não basta apenas a repressão para limpar os residenciais e tirar o controle do crime. É preciso ações definitivas e mais atuantes no sentido de conter o crescimento e o poder do crime organizado. Saindo de um lugar, naturalmente procurarão outros redutos para o controle e montar seus territórios. O quanto antes isso for aplicado, melhor será para a população e, principalmente, para os profissionais de segurança pública que tornam alvos
certeiros das facções. Isso tem ocorrido em todas as cidades onde o controle do estado é perdido.


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