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Diário da Amazônia

Conselho de Segurança vai se reunir nesta sexta para discutir guerra na Síria

Membros da opositora Frente de Libertação Nacional disparam artilharia pesada contra forças do governo sírio na província de Idlib - AFP

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Publicado: 28/02/2020 às 17h15min | Atualizado 28/02/2020 às 17h21min

Foto: reprodução

O Conselho de Segurança da ONU fará uma reunião de emergência nesta sexta-feira (28), às 16h00 (18h00 de Brasília), sobre os últimos acontecimentos na Síria e a morte de 33 soldados turcos em ataques do regime de Damasco, anunciaram diplomatas.

Na quinta-feira, pelo menos 33 soldados morreram em ataques aéreos atribuídos por Ancara ao regime sírio, na região de Idlib. A Turquia respondeu, matando pelo menos 20 combatentes sírios, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

A reunião do Conselho de Segurança foi solicitada pelos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Bélgica, Estônia e República Dominicana, informou à imprensa o presidente em exercício, o embaixador belga Marc Pecsteen de Buytswerve.

Muitos desses países expressaram publicamente apoio à Turquia.

Londres condenou “a falta de consciência e a brutalidade” do regime sírio e de seu aliado russo no noroeste da Síria, enquanto a França expressou “solidariedade” à Turquia.

O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Dan, “condenou as violações reiteradas do regime sírio e da Rússia dos seus compromissos relativos a uma desescalada na província de Idlib e do direito internacional”.

Ele reiterou o apelo da França “a um fim da ofensiva militar” na região.

Na quarta-feira, nove países membros do Conselho de Segurança pediram ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, mais esforços em vista da obtenção de um cessar-fogo na região de Idlib.

Durante esta reunião, diplomatas disseram à AFP que a Alemanha, apoiada por vários países, pediu a Antonio Guterres que fosse a Idlib para apoiar a cessação das hostilidades e facilitar o acesso humanitário internacional à zona.

O secretário-geral rejeitou a ideia, segundo as mesmas fontes. Ele teria argumentado que essa visita poderia ser “contraproducente” e alienar suas relações com a Rússia, um país-chave no conflito.

Moscou apoia desde o final de 2019 a ofensiva lançada por Damasco para recuperar o controle de Idlib, a última fortaleza dos jihadistas e rebeldes.

Adepto de uma diplomacia discreta, Antonio Guterres é contra a “política do espetáculo”, disseram as mesmas fontes para explicar sua recusa em viajar para a Síria.

Desde o início do conflito sírio em 2011, o Conselho de Segurança mostrou, em diversas ocasiões, sua paralisia nesse assunto, em razão dos interesses conflitantes dos atores internacionais na guerra.

A Rússia recorreu ao seu poder de veto 14 vezes para se opor à adoção de textos destinados a deter as ofensivas militares ou para limitar as intervenções humanitárias sem a aprovação do regime de Damasco.

O Conselho de Segurança da ONU fará uma reunião de emergência nesta sexta-feira (28), às 16h00 (18h00 de Brasília), sobre os últimos acontecimentos na Síria e a morte de 33 soldados turcos em ataques do regime de Damasco, anunciaram diplomatas.

Na quinta-feira, pelo menos 33 soldados morreram em ataques aéreos atribuídos por Ancara ao regime sírio, na região de Idlib. A Turquia respondeu, matando pelo menos 20 combatentes sírios, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

A reunião do Conselho de Segurança foi solicitada pelos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Bélgica, Estônia e República Dominicana, informou à imprensa o presidente em exercício, o embaixador belga Marc Pecsteen de Buytswerve.

Muitos desses países expressaram publicamente apoio à Turquia.

Londres condenou “a falta de consciência e a brutalidade” do regime sírio e de seu aliado russo no noroeste da Síria, enquanto a França expressou “solidariedade” à Turquia.

O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Dan, “condenou as violações reiteradas do regime sírio e da Rússia dos seus compromissos relativos a uma desescalada na província de Idlib e do direito internacional”.

Ele reiterou o apelo da França “a um fim da ofensiva militar” na região.

Na quarta-feira, nove países membros do Conselho de Segurança pediram ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, mais esforços em vista da obtenção de um cessar-fogo na região de Idlib.

Durante esta reunião, diplomatas disseram à AFP que a Alemanha, apoiada por vários países, pediu a Antonio Guterres que fosse a Idlib para apoiar a cessação das hostilidades e facilitar o acesso humanitário internacional à zona.

O secretário-geral rejeitou a ideia, segundo as mesmas fontes. Ele teria argumentado que essa visita poderia ser “contraproducente” e alienar suas relações com a Rússia, um país-chave no conflito.

Moscou apoia desde o final de 2019 a ofensiva lançada por Damasco para recuperar o controle de Idlib, a última fortaleza dos jihadistas e rebeldes.

Adepto de uma diplomacia discreta, Antonio Guterres é contra a “política do espetáculo”, disseram as mesmas fontes para explicar sua recusa em viajar para a Síria.

Desde o início do conflito sírio em 2011, o Conselho de Segurança mostrou, em diversas ocasiões, sua paralisia nesse assunto, em razão dos interesses conflitantes dos atores internacionais na guerra.

A Rússia recorreu ao seu poder de veto 14 vezes para se opor à adoção de textos destinados a deter as ofensivas militares ou para limitar as intervenções humanitárias sem a aprovação do regime de Damasco.

Fonto: Istoé



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