Consumidores e estados pagam o pato do custo dos combustíveis

Apesar de anunciada pelo governo estadual, a proposta de redução do ICMS nos combustíveis ainda não avançou. A angustia de ver projeto cair numa gaveta e os preços continuarem subindo ao consumidor, levou um grupo de empresários da Zona Leste de Porto Velho, a fazer um ato público fechando a BR-364 por algumas horas. Apesar do pouco tempo da via fechada, o ato serviu para chamar a atenção das autoridades de que o consumidor local está atento ao andamento da pauta.

O bloqueio teve apoio de motoristas que fazem uso de aplicativos, mototaxis e até caminhoneiros. O preço do litro de qualquer combustível está muito alto para o custo operacional de quem atua com o frete. Está alto também para quem abastece seu veículo para uso de traslados diários de trabalho e outras atividades particulares.

O presidente Jair Bolsonaro jogou o problema para os estados resolverem. Cada Unidade da Federação terá que cortar receita para ajustar as alíquotas incidentes sobre os combustíveis. Com o abacaxi nas mãos, os governos (incluindo o de Rondônia) terão que dar respostas ás suas respectivas populações que esperam redução ou estabilização dos preços.

A medida deve ter resultado imediato, mas não garante que o preço manterá baixo, uma vez que o petróleo e seus derivados dependem de cotação internacional. Outro problema é que para cobrir o rombo da Petrobrás, o Brasil se viu obrigado a jogar a conta para o consumidor. Nem mesmo os bilhões recuperados pela Lava-Jato foram suficientes para enxugar a estatal e evitar o estrangulamento. Como sempre, no que dá errado, o povo paga o pato!