Porto Velho/RO, 26 Março 2024 02:40:33

Editorial

coluna

Publicado: 19/09/2019 às 11h37min | Atualizado 19/09/2019 às 15h10min

A- A+

Cota de mulheres na política vira problema para partidos

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que manteve a cassação e a inelegibilidade de seis vereadores, eleitos em 2016 no..

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que manteve a cassação e a inelegibilidade de seis vereadores, eleitos em 2016 no município de Valença do Piauí, reabre um discussão sobre o que fazer com a coita de mulheres nas chapas partidárias. Se de um lado a cota garantia a participação feminina no processo eleitoral, de outro, os partidos em todo o Brasil não tem mulheres suficientes com a disponibilidade de encarrar candidaturas. Para completar a cota de 30%, os partidos lançam ‘laranjas’ que são as candidatas fictícias, que não fazem campanhas e aparecem quase sem nenhum voto no resultado final do pleito.

A cota seria interessante se houvesse bairrismo por parte dos homens na hora de compor as nominatas para as disputas eleitorais proporcionais. No entanto, faltam mulheres na militância política, como em alguns partidos também faltam homens. Mais do que a garantia de participação de gênero, os partidos e a Justiça deveriam se interessar pela formação política da mulher para que possa ingressar nesse meio (de fato) dominado por homens. Com a formação política, mais mulheres compreenderiam a importância de estarem inseridos no meio e buscar espaço através do voto.

A exigência de cotas tem seu lado favorável que passou a estimular a participação feminina. tanto que a cada pleito aumentam as vagas de mulheres eleitas. Mas o debate aqui é o índice de 30% obrigatório sendo que ainda não tenha o quantitativo disponível. Seria mais prudente estabelecer uma cota cabível no momento, com a garantia de crescimento a cada pleito, de forma que desse tempo para esse organização política e partidária. Caso contrário, as candidaturas laranjas continuarão ocorrendo tanto para mulheres como para homens em alguns partidos.


Deixe o seu comentário

sobre Editorial

O Diário da Amazônia foi fundado em 13 de setembro de 1993. Um jornal a serviço da sociedade, com respeito pela notícia.

Arquivos de colunas