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VARIEDADES

Crepúsculo 10 Anos: Como a saga transformou a carreira do atores

Afinal, atuar numa franquia que vira febre definir de vez a carreira de um ator? Spoiler: o clã Cullen não é lá muito pé quente...

Por Adoro cinema
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Publicado: 20/11/2018 às 13h24min

Os vampiros que brilham e os lobisomens descamisados de Stephenie Meyer ganharam uma legião de fãs não só nos livros, mas também no cinema, tanto que a influência da saga é grande até hoje em filmes e séries. Entre 2008 e 2012, não só Kristen Stewart, Taylor Lautner e Robert Pattinson trabalharam na série, como também muitos outros intérpretes que às vezes a gente mal se lembra que estiveram lá, como Anna Kendrick, Bryce Dallas Howard e Rami Malek.

Com o aniversário de 10 anos do primeiro filme Crepúsculo, paramos para analisar qual foi o impacto causado pelos cinco filmes da trama na carreira dos principais atores, especialmente dos que atuaram em todos (ou quase todos) os títulos. Afinal, será que todos conseguiram aproveitar a franquia gigante para alavancar a carreira? Hoje o AdoroCinema olha quem se deu bem, quem continuou na mesma e quem, definitivamente, não aproveitou tão bem assim o hype.

QUEM SE DEU BEM?
De todo o elenco, certamente o maior impacto positivo foi para o casal principal, Robert Pattinson e Kristen Stewart, que se tornaram astros, cada um à sua maneira. Antes da saga, Kristen já tinha uma carreira em ascenção como atriz e atuou em filmes como Na Natureza Selvagem e O Quarto do Pânico, mas depois de viver Bella Swan, passou a colecionar protagonistas e a inclusive escolher cada vez melhor seus trabalhos.

Ao longo dos cinco filmes da saga, ela foi a que conseguiu os melhores trabalhos paralelos: entre o primeiro e o último longa, a atriz fez cinco outros filmes, incluindo Na Estrada, The Runaways e Branca de Neve e o Caçador. Terminada a saga, ela também conseguiu demonstrar sua versatilidade com uma mistura interessante no currículo, mesclando desde alternativos como Personal Shopper até dramas como Para Sempre Alice ou comédias como American Ultra. O equilíbrio, aliás, parece fundamental para ela, que não para de trabalhar: hoje Kristen não só experimenta dirigir curtas-metragens quanto está filmando o remake de As Panteras.

Pattinson, por outro lado, era quase uma cara nova quando recebeu o papel na saga, tirando seu papel como Cedric em Harry Potter e o Cálice de Fogo e sua versão de Salvador Dalí em Poucas Cinzas. Com o poder de galã adquirido em Crepúsculo, ele primeiro encarou romances como Lembranças e Água Para Elefantes para depois mergulhar num cinema mais alternativo e, por que não dizer, “diferentão”.

Não foram poucos o fãs apaixonados do ator que caíram de paraquedas ao assistirem a parceria dele com David Cronenberg em filmes como Cosmópolis (2012) e Mapas para as Estrelas (2014). Depois de alguns tropeços com o nível insano de fama que atingiu, o ator vem optando por projetos que o mantenham longe do cinema blockbuster, talvez inclusive numa tentativa de mudar a marca “brilhante” deixada pelo vampiro em seu currículo. Atualmente é quase impossível imaginá-lo de volta a uma franquia de grande orçamento, algo que inclusive parece estar fora do seu radar de interesse.

Ainda no grupo dos bem-ducedidos, é preciso fazer uma menção honrosa à Anna Kendrick, que interpretou Jessica, uma colega de escola do casal protagonista. Mesmo fora do núcleo principal, a atriz aproveitou muito bem os contatos e já em 2010 conseguiu uma indicação ao Oscar pelo trabalho em Amor Sem Escalas, além de ter encabeçado a franquia musical A Escolha Perfeita.

QUEM CONTINUOU NA MESMA?
Antes de interpretarem Esme e Carlisle Cullen, os pais adotivos do protagonista Edward Cullen, Elizabeth Reaser e Peter Facinelli não tinham tido grandes papeis de destaque no cinema. Ele tinha algumas aparições em séries e filmes feitos para a TV no currículo, coisa que segue fazendo até hoje, e ela acabou conseguindo se destacar mais ao enveredar para o terror. Anos depois, o maior papel da atriz veio defintivamente na aclamada série deste ano A Maldição da Residência Hill, na Netflix.

Os intérpretes dos irmãos de Edward, Emmet e Jasper, talvez tenham tido ainda menos oportunidades marcantes. Apesar de terem conquistado fãs apaixonados com o boom da franquia, Jackson Rathbone e Kellan Lutz continuam na ativa e até participaram de filmes grandes, mas nada que os destacasse tanto quanto Crepúsculo — pelo menos por enquanto.

Fora do clã vampiresco, quem tem conseguido bons papeis é Gill Birmingham, intérprete de Billy Black, o pai de Jacob. Neste caso, pode-se até dizer que a saga serviu para apresentar seu rosto para um público mais pop, mas certamente a palavra Twilight no currículo não foi determinante para que ele conseguisse papeis nos recentes e elogiados Terra Selvagem e a Qualquer Custo.

QUEM FICOU NA PROMESSA?
Se em 2008 alguém fizesse uma aposta de promessa de sucesso que não incluísse Pattinson e Stewart, certamente ela iria para Taylor Lautner, o eterno lobisomem Jacob Black, e Ashley Greene, que interpretou a vampira Alice Cullen. Pena que ambos ficaram aí mesmo, só na promessa: os dois eram rostos praticamente novos quando ganharam os papeis na saga e acabaram descendo alguns degraus depois de Amanhecer – Parte 2.

Para se ter ideia, somente cinco anos após o término da franquia é que Lautner ganhou um novo papel, como protagonista do criticado filme No Limite; hoje ele atua na série de comédia Cuckoo após passar por Scream Queens. Ashley, por outro lado, ainda não conseguiu nada com a mesma projeção, mas esteve em comédias como Verão em Staten Island e Enterrando Minha Ex. Isso pode mudar com um novo projeto em fase de pré-produção: um longa ainda sem nome que deve contar também com Charlize Theron, Margot Robbie e Nicole Kidman. O elenco, pelo menos, promete!

Agora a grande incógnita de Crepúsculo fica por conta da carreira de Nikki Reed que, em meio a tantos novatos, era já bastante conhecida por filmes como Aos Treze e Os Reis de Dogtown. A atriz fez a vampira Rosalie Hale, que representava uma força antagônica interessante dentro da trama, e ainda teve a vantagem de se caracterizar usando cabelos loiros e evitando ficar com o rosto muito marcado pelo papel — uma preocupação real quando se trata de uma franquia desta magnitude.

Supertalentosa e há dois anos sem aparecer em nenhum projeto, hipóteses de fãs saudosos não faltam pela Internet: será que Reed não aproveitou os “contatos” como alguns de seus colegas ou simplesmente mudou de foco e prefere uma vida tranquila fora dos holofotes e sem todo o drama de Hollywood? Impossível saber.



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