O pagamento do 13º salário deve injetar na economia brasileira cerca de R$ 211,2 bilhões a ser pago a cerca de 84,5 milhões de brasileiros. O valor representa 3% do PIB (Produto Interno Bruto) do país, e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social; e aos aposentados e beneficiários de pensão da União, dos Estados e dos municípios. É um rendimento adicional, em média, de R$ 2.320,00.
As estimativas são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a 2017, e informações do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) e da Secretaria Nacional do Tesouro (STN).
Para efeito do cálculo, o Dieese não leva em conta os autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, nem os valores envolvidos nesses abonos, uma vez que é difícil de mensurar este dado.
MÉDIA
Em Rondônia, o cálculo estimado pelo Departamento de Economia da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo é de que serão movimentados 1,27 milhão em todo o Estado de Rondônia, com um impacto significativo, de vez que as vendas de fim de ano do varejo devem registrar um aumento de 5,2%, bem acima do varejo brasileiro (3,6%), o que fez com que o valor das vendas de fim de ano sejam reestimadas para R$ 269,7 milhões.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia, Raniery Coelho, considera que “O resultado das eleições influiu, decisivamente, sobre a incerteza do mercado, com os indicadores demonstrando maior otimismo, o que já começa a se refletir no emprego e no consumo neste fim de ano”.
CONSUMO
Apesar do maior otimismo dos empresários do comércio, o endividamento ainda alto das famílias freia, um pouco, este ímpeto de crescimento do consumo, porém, se espera resultados bem melhores no setor de supermercados, alimentação, vestuário, calçados, brinquedos, bebidas e até mesmo um desempenho melhor dos eletrodomésticos e dos bens duráveis.
Ainda assim, a sondagem feita com 120 empresários do comércio constatou que o tíquete médio deve ficar entre R$ 37,75 e R$ 63,00, um aumento de 5% em relação ao ano passado. Também são esperados presentes de menor valor, como livros, CD’S, DVD’s e bens culturais. O otimismo também se refletiu num crescimento de 9% na contratação de temporários, o que representou mais 1.114 empregos, em termos absolutos 96 empregos a mais do que o ano passado, e numa expectativa positiva em relação ao próximo ano.