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Editorial

coluna

Publicado: 03/09/2019 às 15h41min

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Depois do fogo a busca de unidade pela Amazônia

A construção de um projeto sustentável para a Amazônia é possível bastante unir interesses e deixar de lado os radicalismos da ambos..

A construção de um projeto sustentável para a Amazônia é possível bastante unir interesses e deixar de lado os radicalismos da ambos os lados. O pior de todos é o radicalismo dos predadores que destroem tudo que acham pela frente, tacam fogo, em traca de interesses próprios sem pensar na coletividade e no futuro sustentável. A reunião dos principais ministros do governo Bolsonaro com os governadores da Amazônia Legal deve abrir o leque de propostas para consolidar um projeto amplo e eficaz, unindo o desenvolvimento com a preservação ambiental.

Modelos bons não faltam. Já existem projetos sustentáveis sendo executados ao longo da Amazônia que podem pautar as boas idéias. A exploração por manejo autorizado na Floresta Nacional do Jamari, em Itapuã do Oeste (RO), é um dos exemplos de viabilidade econômica com recuperação ambiental. As indústrias concessionárias exploram as madeiras e recuperam as áreas degradadas com as mesmas espécies, garantindo ciclos futuros. As áreas recuperadas desenvolvem rapidamente e a floresta reconstruída assemelha com a nativa. Esse modelo projetado é controlado pelo governo federal através do Ibama, ICMBio e SFB, sendo bem diferentes dos madeireiros predadores que derrubam tudo sem qualquer projeto presente ou futuro.

Ontem em Belém (PA) e hoje em Manaus (AM), os ministros e governadores debatem sobre projetos e recursos que possam ser investidos no desenvolvimento regional. Estimam em R$ 750 milhões o saldo de recursos que ainda nem foi beliscado. É muito dinheiro para largar pra lá, e os governadores tem toda razão de forçar o presidente Bolsonaro a voltar a atrás e aceitar as doações. Se bem aplicados, esse volume de dinheiro ajudará os estados amazônicos que estão no limite das contas públicas, e ainda abrir caminhos para a vinda de mais dinheiro.

E não são apenas os governadores que querem dinheiro dos gringos ricos. Os presidentes dos países que compõem o bioma amazônico estarão reunidos no próximo dia 6 de setembro, em Letícia (Colômbia), para discutir uma política única para a Amazônia, contendo projetos de exploração sustentável. Os presidentes querem sair da reunião com uma proposta fechada para apresentar ao G7.

Apesar dos grandes estragos causados, as queimadas serviram para que todos aparassem as arestas e buscassem alternativas consolidadas e sustentáveis para a maior floresta tropical do mundo.


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