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Deputado compara Pronto-Socorro João Paulo II a ‘zona de guerra’

O Pronto-Socorro João Paulo II foi chamado de “zona de guerra” na manhã de ontem pelo presidente da Comissão de Saúde da Assembleia..

Publicado: 20/03/2019 às 09h20
Atualizado: 20/03/2019 às 16h17

Adailton Fúria esteve no Hospital João Paulo II e constatou a precariedade nas instalações.

O Pronto-Socorro João Paulo II foi chamado de “zona de guerra” na manhã de ontem pelo presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, Adailton Fúria (PSD), durante uma inspeção surpresa. A situação que mais chamou a atenção foi a da “sala vermelha”, como é chamado o setor onde são realizados os procedimentos de sutura, devido ao mau cheiro. Lá as janelas estavam abertas porque a central de ar não tem
potência suficiente para climatizar o ambiente.

O diretor do PS, fisioterapeuta Carlos Eduardo, atendeu bem a equipe do deputado e mostrou toda a unidade de saúde. Para chegar até a sala da direção foi preciso passar por corredores e pela garagem, que estavam abarrotados de pacientes em leitos improvisados. A capacidade é para 150 leitos, mas lá estavam internadas 236 pessoas.

No momento em que o parlamentar chegou, Carlos Eduardo estava em reunião com uma equipe da Vigilância Sanitária. Os componentes pareceram estranhar a interrupção, perguntando inicialmente a Adailton Fúria quem ele era, e depois se ele fazia parte da Comissão de Saúde.

Após se identificar e explicar que é o presidente da comissão, Fúria, sorridente, formulou uma pergunta aparentemente difícil, que não foi respondida pela Vigilância Sanitária. “Em uma situação igual a essa a Vigilância fecharia um hospital particular. Por que o João Paulo II não é interditado logo?”, indagou. Os integrantes do grupo explicaram que não trabalham na fiscalização, mas em outro setor da Vigilância.

Depois disso o diretor do PS acompanhou o deputado por diversos setores do hospital, sendo constatada a falta de estrutura das instalações para atender os pacientes. Fúria, entretanto, elogiou o trabalho de Carlos Eduardo e dos demais profissionais, que atuam em um local onde as condições são consideradas péssimas.

O presidente da Comissão de Saúde constatou a superlotação e a falta de higienização, mas não pediu para inspecionar o local onde foram filmados ratos na última semana, porque já tinha sido informado que a situação estava resolvida. O local, próximo à pedra do necrotério, é onde o hospital deposita o lixo que depois é recolhido pela prefeitura. O portão daquela sala estava fechado com um cadeado, como geralmente acontece. Quando aconteceu a filmagem, alguém tinha esquecido a tranca aberta.

Em 2018 houve 485 mil atendimentos no João Paulo II, com 14 mil internações e 6 mil cirurgias. Todo mês são realizadas 1,8 mil tomografias e 35 mil exames. Adailton Fúria disse ser inadmissível que o pronto-socorro continue funcionando naquele local. Ele disse que acionará todos os órgãos possíveis, para resolver a questão. “Não quero saber se o governo alugará um hospital ou se pedirá ajuda ao governo federal ou ao Exército. O que não há condições é de o pronto-socorro continuar funcionando nessas instalações. O que não pode é as autoridades saberem do problema mas continuarem fingindo que ele não existe”, afirmou o deputado.

Por Redação Diário da Amazônia

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