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Editorial

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Publicado: 01/09/2020 às 08h45min | Atualizado 01/09/2020 às 08h46min

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Desalentados elevam índice de ocupação informal no mercado de trabalho

A nova pesquisa PNAD Contínua realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para medir o comportamento do mercado..

A nova pesquisa PNAD Contínua realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para medir o comportamento do mercado de trabalho, indica crescimento da taxa de desalentados (pessoas que já desistiram de procurar um emprego formal). Isso é reflexo da pandemia do novo coronavirus que causou o isolamento social e provocou novos hábitos de consumos e, por consequência, causou a falência de muitas empresas, principalmente as de pequeno porte.

Somente em Rondônia são 24 mil desalentados neste segundo semestre de 2020. Esses trabalhadores são apontados como cidadãos que não têm a experiência profissional ou qualificação necessária, que não conseguiram emprego por serem jovens ou idosos demais, ou por não haver trabalho na área de suas aptidões. Por um desses motivos não conseguiram se encaixar numa vaga formal de trabalho remunerado.

O destino dessas pessoas é entrar na informalidade que é a atividade de trabalho sem vínculos registrados na carteira de trabalho ou documentação equivalente, sendo geralmente desprovido de benefícios como remuneração fixa e férias pagas. O informal ocupa diversas atividades como a venda ambulante ou a realização de serviços esporádicos que obtêm algum tipo de renda. Essa modalidade de ocupação representa 46,6%, conforme os dados do IBGE.

Apesar de terem ganhos suficientes para o suprimento básico, esses trabalhadores desalentados que aderem à informalidade tornam o custo país elevado devido à falta de contribuições tributária e previdenciárias. No futuro terão dificuldades para comprovar atempo de serviço para aposentadoria. Essa microeconomia informal tem crescido, mas não acrescenta dentro de um plano de desenvolvimento local ou regional que seja sustentável. É preciso criar políticas públicas que possam reinserir essas pessoas no mercado de forma legal e ativa para garantir a estabilidade econômica.


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