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RONDÔNIA

Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo

O sedentarismo está associado a doenças crônicas como o infarto, a hipertensão e a diabetes.

Por Redação e Agência Brasil
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Publicado: 10/03/2018 às 11h20min | Atualizado 10/03/2018 às 11h29min

Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia

No dia 10 de março é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo, data criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para fomentar a importância de práticas saudáveis, como atividades físicas e alimentação adequada. O sedentarismo está associado a doenças crônicas como o infarto, a hipertensão e a diabetes. Ele tem como resultado direto o aumento do sobrepeso e da obesidade, hoje problemas crescentes no país.

Segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, realizado em 2016, a obesidade era uma condição para 18,9% da população, quase 10 pontos percentuais acima do índice registrado dez anos antes (11%). O sobrepeso atingia 53,8% dos entrevistados. No mesmo período, de 2006 a 2016, o diagnóstico de diabetes passou de 5,5% para 8,9% e o de hipertensão foi de 22,5% para 25,7%.

O levantamento do Ministério da Saúde também revelou que 62% dos entrevistados não praticavam esportes. Apenas 37,6% das pessoas estavam envolvidas com alguma modalidade. Entre esses, a ocorrência era maior em homens (46,6%) do que em mulheres (29,9%). O sedentarismo também aparecia mais entre os mais jovens: em moças e rapazes de 18 a 24 anos o índice subia para 52,2%, enquanto entre aqueles com 65 anos ou mais ele caía para 22,3%.

Quando consideradas outras formas de atividade física (como durante o deslocamento para o trabalho ou a outros locais), o índice de pessoas realizando essas práticas subia, chegando a 55%. Ainda nesse caso, a diferença de idade seguia sendo um fator determinante, com a taxa ficando em 65,7% na faixa de 18 a 24 anos e em 28,8% na de pessoas com mais 65 anos ou mais.

Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia

Cultura e educação

O presidente do Conselho Federal de Educação Física (Confef), Jorge Steinhilber, acredita que apesar do Brasil propiciar condições para a prática de esportes durante todo o ano (não tendo impedimento por conta de neve, por exemplo), não há uma cultura entre a população de envolvimento com atividades físicas.

Uma das razões para isso, de acordo com ele, é o fato de não haver uma valorização da educação física no período escolar. “Sem isso, você deixa de alfabetizar a criança em termos de movimento, de cultura de atividade física e de levar a ela a importância do significado da atividade física para o futuro. Acaba sendo um círculo vicioso nosso. Se desde a criança eu não levo isso, vai ter muito mais dificuldade no futuro da pessoa entender a prática da atividade física”, disse.

O presidente do Confef destaca como uma das iniciativas para qualificar a educação física na rede de ensino a aprovação do Projeto de Lei 3047/2015, que obriga a presença de professores formados em educação física nessa disciplina. A matéria foi aprovada pelo Senado e ainda tramita em comissões na Câmara dos Deputados.

Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia

Benefícios

De acordo com a médica e integrante do conselho federal da categoria (CFM) Rosylane Rocha, a prática de atividade física favorece a normalização dos níveis de colesterol, triglicerídeos e glicemia; previne doenças cardiovasculares e mitiga a evolução da osteoporose. Além disso, também libera endorfinas e faz com que o indivíduo se sinta com mais energia para as atividades diárias e de trabalho, bem como melhora a qualidade do sono e o próprio humor.

Mas para quem está sedentário e quer começar a praticar alguma atividade física, a conselheira orienta a procurar assistência especializada. “Quem quer começar deve procurar um médico para ver o padrão cardiorrespiratório e depois um profissional de educação física que possa orientar as atividades de acordo com as condições físicas, se tem questão cardíaca, problema de articulação ou alguma limitação”, recomenda.

A médica lembra também que um cuidado fundamental é realizar a atividade com regularidade. “Há quem queira fazer atividade muito desgastante sem regularidade. Isso pode causar lesão em vez de trazer benefício”, alerta.



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