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RONDÔNIA

Diário comemora aniversário e reforça plataforma digital

    Primeira sede do Diário da Amazônia, localizado na avenida Joaquim Nabuco, onde o periódico funcionou durante longos anos..

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Publicado: 13/09/2018 às 08h33min | Atualizado 13/09/2018 às 10h09min

 

 


Primeira sede do Diário da Amazônia, localizado na avenida Joaquim Nabuco, onde o periódico funcionou durante longos anos


Com o desejo de conquistar um espaço no mundo da Comunicação, o Diário da Amazônia foi criado em 13 de setembro de 1993. A primeira sede foi provisória, numa casinha de madeira da Empresa União Cascavel de Transportes e Turismo (Eucatur), em Porto Velho, enquanto se reformava um prédio na avenida Joaquim Nabuco, onde o periódico funcionou durante longos anos.


 

Assis Gurgacz trouxe inovação na imprensa do Estado

 


Segundo o jornalista Carlos Sperança Neto, um dos fundadores do periódico, a ideia começou a sair do papel depois das primeiras reuniões para a criação do Diário da Amazônia, em 1993, em Cascavel, no Paraná. Desde o início da década de 1990, o grupo Eucatur tinha o propósito em investir na área da comunicação no Estado de Rondônia. Na época, Carlos Sperança, pela sua experiência na criação de outros periódicos e ligado a classe jornalística rondoniense, foi convidado para embarcar na nova epopeia. Porém, segundo ele, por se tratar de uma primeira experiência técnica de um jornal diário informatizado, as dificuldades foram muitas.



Na inauguração, que teve como mestre de cerimônia o radialista Valdemar Camata, a presença do governador da época Oswaldo Piana Filho, do prefeito da capital José Guedes e tantas autoridades, ocorreu uma solenidade concorrida. Houve um esforço de todos nos preparativos, o Acir corria de um lado, seu Assis de outro, o Emir preocupado com o maquinário e Dona Ana Gurgacz comandou a faxina geral.


“O projeto dos Gurgacz era transformar o Diário em um jornal de toda a Amazônia. Então foi um início bastante sofrido porque a assistência técnica vinha de fora. Era o primeiro jornal informatizado de Rondônia. Nós sofremos muito. Eu apanhei bastante, as matérias sumiam e eu ficava revoltado, batia a porta e ia acalmar para depois voltar. Todos nós ficávamos agitados nas primeiras edições. Numa das edições aconteceu um problema de impressão e tivemos que ficar uns dois a três dias parados”, contou.



As primeiras matérias produzidas para o Diário


Marcelo Freire atuou em várias editorias do jornal

Nas primeiras reuniões para a criação do Diário, ficou definido que o jornalista Valdir Costa (atualmente na Assembleia Legislativa) seria o editor e Carlos Sperança o chefe de reportagem. Logo em seguida começou o processo da reforma de um barracão, localizado na rua Joaquim Nabuco, centro de Porto Velho, que foi adaptado para ser a sede do jornal. “Na verdade, a primeira sede do jornal foi em uma salinha da Eucatur. Lá dava os primeiros passos na carreira jornalística nosso atual editor Marcelo Freire, que atuava como arquivista e digitador. As primeiras matérias foram feitas nesta salinha, enquanto reformava a futura sede. Para a primeira edição trabalhamos fazendo matérias especiais. Nesta edição histórica tem um caderno sobre a imprensa de Rondônia ”, disse Carlos Sperança.

Depois de dois meses de preparativos, a edição inaugural foi lançada no dia 13 de setembro de 1993. Com o tempo, o jornal foi crescendo, foram convidados vários jornalistas para trabalhar no Diário. Uma das primeiras jornalistas foi a Ana Aranda. Bosco Gouveia ficou responsável pelo esporte, Ildefonso Valentin na área policial, na Social Maria Sílvia Carvalho, o primeiro fotógrafo Marcos Grutzmacher, primeiro diagramador Natalino Costa, o Rosinaldo Machado cuidava da parte do estúdio entre outros. “A redação chegou a contar com muita gente. Era dividida por editorias, quase 30 pessoas trabalhavam na redação com os principais assuntos. A primeira edição circulou com quase de 50 páginas. Depois a média de páginas era 32. Aos domingos sempre tinha mais por causa dos cadernos, e assim por diante”, informou Carlos Sperança.


Diário chegou modernizando a imprensa do Estado


Como todo início, o Diário da Amazônia também apresentou suas dificuldades. Padilha contou que logo após a inauguração, uma semana depois, eles encontraram o sistema ripe, um equipamento mais moderno do que era feito com o fitólito. Porém, para implantar esse novo equipamento, o jornal teve que parar por dias seguidos para acertar o equipamento e começar a rodar.


“Não foi fácil, tivemos esse problema. Ninguém tinha experiência com aquele tipo de equipamento, que antecedia a impressão, a pré-impressão, mas depois que a gente ajustou, até hoje nunca deixou de sair uma edição do jornal Diário da Amazônia”, disse.


Para trazer a máquina de impressão para a atual sede do jornal, localizado na avenida Calama, no bairro Liberdade, em Porto Velho, Padilha explicou que foi necessário esperar toda a impressão do dia, para que depois pudessem ser retirado os equipamentos dos lugares e levar até a nova sede. “Quando a gente trabalhava no primeiro prédio, esse equipamento foi montado na rua Joaquim Nabuco. Quando construiu aqui, nós paramos o jornal meia-noite, desmontamos as máquinas, os equipamentos, e na segunda-feira eu já imprimi o jornal aqui”, contou.



Padilha faz o ajuste da impressora do jornal


Para Padilha, o maior desafio é fazer o jornal na melhor qualidade possível e também o compromisso com o horário. O jornal sempre foi entregue mais cedo devido à logística, pois depende do ônibus para levar para as cidades do interior do Estado.


O primeiro editor de polícia e esporte do Diário


Ildefonso Valentim Rodrigues começou a trabalhar no jornal Diário da Amazônia 15 dias antes da inauguração. Para ele, trabalhar no Diário representava sua vida. Ildefonso foi convidado para trabalhar no jornal após o convite do jornalista Carlos Sperança, em 1993. No começo ele trabalhou na edição de esporte e polícia. Para conseguir as informações, era necessário ter um bom relacionamento com as pessoas que trabalhavam na área de esporte e polícia. “Na época, o Carlão me convidou e disse que estava nascendo um novo jornal. E pediu minha cooperação por causa de algumas experiências que eu tinha, para ajudar o jornal Diário da Amazônia a crescer. E assim eu fui com eles e comecei a batalhar. Era tudo novo, tinha pouca informação, e para editar as páginas de esporte e polícia eu fui entrando nas delegacias de polícia, mantendo o contato com o pessoal e comecei a acompanhar o esporte e passei a trabalhar muito”, contou.


O Diário é um jornal muito justo e que valoriza muito os profissionais de modo geral.

 


Ildefonso ainda falou que trabalhava 12 horas por dia no Diário porque gostava muito. Durante os 25 anos de trabalho no jornal, ele nunca gostou de tirar férias, sua dedicação e amor pela profissão era muito grande. “O ideal meu era trabalho, não importava qual fosse que eu estava na frente, empurrando o que aparecia para a frente. Eu me senti realizado no Diário. Mas não faltou a saudade. A saudade do Diário da Amazônia permanece. Às vezes eu passo em frente ao jornal só para lembrar o tempo que eu trabalhei lá, de tanto que eu gosto de lá, e foram 25 anos de trabalho ininterrupto”, expressou.

Aos 81 anos e aposentado, Ildefonso Rodrigues relatou que o jornal Diário da Amazônia é um jornal muito justo e que valoriza muito os profissionais, de modo geral. “É um mundo que eu não gostaria que estivesse passado da minha vida, porque toda hora eu fico lembrando de cada minuto, de cada pessoa que trabalhou lá e que me ajudaram, e eu não fico sem ver o diário. Sempre que eu saio na rua com o carro, eu passo em frente e dou uma paradinha ali na recepção”, disse.


Esforço em equipe para a inauguração do jornal


Para montar e tornar o jornal Diário da Amazônia realidade foi feito um trabalho ao longo de 60 dias direto, sem parar. De acordo com Aderson Padilha, o técnico que manuseia a máquina de impressão do jornal desde o começo, no início tinha a redação onde montava e fazia a diagramação do jornal e as páginas. Logo em seguida jogava para o ripe, para a foto mecânica, e depois o ripe lançava todo o projeto das páginas e fazia o fotolito. Do fotolito gravava na chapa para depois ir para a rotativa, para rodar o jornal. “A nossa primeira rotativa era uma rádio esquadrão modelo vanguarda. Era uma outra mais antiga que ia para a rotativa para poder imprimir o jornal. E foi bem corrido o início, era uma loucura e tinha muita gente, muitos funcionários”, explicou Padilha.



Redação do Diário da Amazônia antes da integração


Com o tempo, as máquinas foram se modernizando e o jornal foi acompanhando a evolução tecnológica. Depois de um certo tempo, o Diário comprou uma nova máquina: uma escolte modelo V15A mais moderna, que funciona até hoje para a impressão do jornal. Na época da inauguração, o jornal publicava cerca de 40 páginas por dia, entre noticiário, classificados e página social, dentre entre outros.

Segundo Aderson Padilha, na noite que antecedeu a inauguração, todos trabalharam juntos para deixar tudo pronto.


 

 

“Até o Acir Gurgacz e a Dona Ana Gurgacz foram para lá, para trabalhar junto, e inaugurar no outro dia de manhã, mas valeu a pena, e foi gostoso demais, chegou o dia seguinte e começamos a rodar o jornal”, contou.

 

 


Mais um jornal para lutar a favor do Estado

Um dos jornalistas mais antigos de Rondônia foi um grande apreciador do jornal Diário da Amazônia


Para Euro Tourinho, que comandava na época o jornal Alto Madeira, o Diário foi mais um bom companheiro para lutar a favor dos interesses do estado de Rondônia. “Quando os Gurgacz vieram para cá e falaram em instalar o jornal, eu disse que seria mais um bom companheiro. E quando o jornal inaugurou, eu fiz um editorial dando as boas vindas e dizendo que era mais um companheiro para lutar a favor dos interesses do Estado. E esse foi o tema do editorial. Disse que era mais um companheiro que vinha para a luta diária. Sempre fomos amigos e nunca fomos indiferentes, eu estou sempre presente nas festas do jornal. É um jornal bom, eu só tenho que aplaudir”, contou Euro, em entrevista ao Diário da Amazônia.

Ainda segundo Euro Tourinho, o jornal Alto Madeira e o Diário da Amazônia não tinham um intercâmbio, mas sempre se deram muito bem, sem querer ser melhor que o outro. O relacionamento sempre foi muito bom.


“A nossa relação era tão boa que eu pegava o jornal lá todos os dias e lia todos os dias o jornal Diário da Amazônia”, disse.


Euro, com admiração pelo trabalho do Diário, enfatizou que o jornal deve ser tratado com carinho, e pediu para que os funcionários tratem com seriedade o que fazem, por entender que é isso que leva um jornal para frente, e respeitado. “Eu quero que o Diário da Amazônia tenha muitos anos de vida e eu faço votos que se realize esse desejo do Gurgacz”, parabenizou Tourinho.

Conforme disse Euro Tourinho, para ter uma boa notícia, uma boa informação em um jornal, é preciso a verdade acima de tudo. “Deve ter o comentário isento, sem paixão, em cima daquilo que ela é. Não adianta fantasiar e inventar. A imprensa precisa só de critérios em cima dos comentários, nos seus debates. A imprensa deve tratar as coisas com seriedade, não pode estar com brincadeira”, expressou.


Diário Online: do impresso para a Web

A unificação das redações do Diário da Amazônia e RedeTV em Porto Velho faz parte do novo projeto de integração


Com a expansão dos meios tecnológicos, os hábitos da sociedade tem mudado a cada dia, assim, não diferente, o jornalismo tem acompanhado essas mudanças, onde vários periódicos aderem à rede para entrar na era digital. O fato é que muitos jornais impressos têm transformado suas edições para o jornal eletrônico, o Diário da Amazônia também participa desta mudança, levando para a população a sua versão Online.

A marca Diário da Amazônia agora fica mais robusta, contando com mais um formato de disseminação de notícias. O jornalismo na internet é tido como o veículo de comunicação mais revolucionário dos últimos séculos, pois converge em um só lugar todos os outros formatos como texto, vídeo, áudio, fotos, etc. Fora os critérios de noticiabilidade, a plataforma online permite outras perspectivas, como a interação mais direta com o leitor, notícias em tempo real e multimedialidade, características que permitem ao leitor uma maior experiência ao consumo da informação.

Apostando na instantaneidade da notícia, o periódico Diário da Amazônia, agora entra de vez na era digital por meio do endereço: www.diariodaamazonia.com.br, a população conta com mais uma forma de se manter atualizada. A plataforma tem como princípio levar em primeira mão os principais acontecimentos de impacto local e de alcance mundial.


Referência

A meta agora é tornar a plataforma uma referência no jornalismo online da região, apostando em matérias de impacto e relevância social, priorizando a verdade e a checagem dos fatos. Para o diretor-geral do Sistema Gurgacz de Comunicação, Alessandro Lubiana, o Diário Online veio para se tornar uma referência no jornalismo de Rondônia.

“A plataforma do Diário Online já existe há algum tempo, mas há exatamente cinco meses, estamos com uma equipe para cuidar só do site, nosso objetivo é levar para a população notícias em tempo recorde, agora estamos em fase de crescimento, e a nossa meta é tornar o Diário da Amazônia Online, assim como o impresso, uma referência no jornalismo de todo o estado de Rondônia”.


Processo de ampliação

O processo de ampliação começou em 4 de abril de 2018, e há exatamente 5 meses o número de visualizações triplicou, o que mostra uma ótima aceitação por parte do público. O conteúdo também se diferencia dos outros meios, dando ênfase ao jornalismo comunitário, policial, cultural, político e esportivo, o portal ainda abre espaço para a cobertura de eventos, matérias especiais e investigativas, fora um time de colunistas que soltam o verbo e mostram o que pensam sobre os diversos temas que borbulham na sociedade, com as suas opiniões.


Consolidação

Contando com uma equipe engajada de jornalistas, o Diário da Amazônia Online aos poucos se consolida, mostrando a sociedade rondoniense que a notícia está sempre em primeiro lugar.

 


Futuro do Jornal Impresso na avaliação de jornalistas experientes no mercado

Para o jornalista Carlos Sperança, hoje em dia, com a vinda da internet e as mídias sociais, a situação do jornal impresso mudou muito. O Diário da Amazônia já teve que fazer vários ajustes nos últimos anos para poder ficar bem. Segundo ele, existe uma tendência nos principais jornais do país de extinguir as edições de sábado, da edição unificada do domingo. Muitos jornais grandes já fecharam no país inteiro, já outros adotaram um novo formato menor, um formato padrão, em tamanho menor.

“Mudou muito a agilidade por causa da internet e com isso mudou demais. Naquela época, o jornal impresso mandava, tinha pouca concorrência de rádio e televisão, e não existiam jornais eletrônicos que possibilitam a notícia na hora e nem as mídias sociais, então essa é a grande diferença de 25 anos atrás”, disse Carlos.

Ele ainda contou que o impresso ainda tem campo e que vai durar muito por causa da situação de credibilidade. Segundo ele, os jornais eletrônicos publicam muitas coisas na hora, às vezes pela pressa, pecam na apuração e muitas vezes são obrigados a desmentir a informação.


“O jornal impresso já apura com mais tempo a notícia e isso garante credibilidade. Então, além disso, ainda tem o público que lê jornal e a gente vê nas bancas de revistas no domingo muita gente que vai comprar o jornal impresso, então eu acredito que tem mais um tempo”, afirmou.


Sperança acredita que, para sobreviver, os jornais impressos terão que se reinventar. Eles terão que se especializar em setores, com especialistas em economia, em política, em esporte, terão que se esmerar no texto e levar ao público leitor uma informação analítica, mais de análise. “Esse é o caminho do jornal impresso no futuro. Terá que se enquadrar mais. Não vai poder disputar o factual próprio do jornalismo eletrônico, porque ele é instantâneo e nós do impresso, vamos detalhar mais aquele fato buscando mais credibilidade”, explicou.

EURO TOURINHO

Euro Tourinho disse que enquanto o Gurcacz estiver à frente do jornal Diário da Amazônia, o jornal vai ser tocado para a frente. Mas afirmou que a tendência do jornal impresso é acabar. “Ninguém sabe quando, mas a imprensa escrita vai acabar. Hoje, com esses mecanismos você fala na China, em minutos e você já tem a resposta. Eu lembro que em um dos aniversários do Diário, o Gurgacz disse que: enquanto eu e o Tourinho estivermos vivos, o impresso não acaba. Mas ele errou, eu tive que fechar o meu jornal porque não tinha renda, por questão econômica, eu ainda segurei oito a nove meses com o dinheiro nosso, do caixa de reserva para completar o centenário, e o centenário na porta, aí eu fui segurando e fechei e fiz o editorial dizendo a razão pela qual eu estava fechando”, explicou.

Para ele, o jornal impresso ainda vai demorar anos porque ainda tem os teimosos capitalizados que vão continuar, mas a tendência é mesmo ser tudo metalizado, ser através da internet. “Você vai ter a notícia na hora que quer. É uma pena, mas vai continuar, ninguém está dizendo que vai acabar amanhã não, vai ter gente aí que vai segurar enquanto puder”, finalizou Euro Tourinho.

ILDEFONSO RODRIGUES

Para Ildefonso Rodrigues, o Diário deve acompanhar a modernização e as mudanças tecnológicas. “O Diário da Amazônia tem que acompanhar o avanço da tecnologia, tem que avançar sempre e não pode atrasar, perder tempo e depois correr atrás. Ele tem que viver cada minuto de renovação. Esse aniversário de 25 anos do Diário da Amazônia será muito importante para todos nós que aprendemos com o Jornal. Quem ama o diário, nunca vai esquecê-lo”, expressou.

ADERSON PADILHA

Padilha começou a trabalhar em jornal em 1978 e nunca mais parou. “Hoje é minha vida o jornal. Hoje eu tenho quase 60 anos e minha vida toda foi assim trabalhando em jornal, desde o primeiro dia que eu entrei no jornal estou até hoje, eu não consigo me imaginar fazendo outra coisa, porque eu não aprendi a fazer outra coisa além daqui. E eu profissionalmente me sinto realizado”, contou.

RONI CARVALHO

A expectativa para o lançamento do jornal Diário da Amazônia na capital era muito aguardada pela população, de acordo com o fotógrafo Roni Carvalho. “No início o jornal era um dos mais modernos que ia ser instalado na cidade, em termos de informática que estava começando naquela época, porque ainda tudo era analógico, os equipamentos fotográficos, revelação dos filmes para se fazer as chapas, era tudo analógica”, contou.

Roni relatou que o jornal Diário da Amazônia nunca teve repórteres fotográficos especializados para trabalhar apenas com um assunto ou tema específico, todos os fotógrafos sempre cobriam de tudo na cidade. “A gente corria junto com o repórter atrás da notícia. Nós nunca tivemos essa especificação, e nunca tivemos essa diferença, registrávamos de tudo. Eu tenho uma preferência pela cultura, mas o que surgisse na hora para quem estava de plantão a gente acabava indo e fazia o serviço do mesmo jeito”, contou.

 

Para Roni, a forma de trabalhar hoje é diferente. No início tudo era analógico, tanto a câmera quanto o filme e a revelação, era necessário cortar o filme quando tinha alguma coisa muito importante para não perder o material e levar para o laboratório para revelar.


“A gente tinha que ir para a câmera escura para poder tirar um pedaço do filme e levar para o laboratório para fazer a revelação e toda a experiência que eu tive no início foi toda com câmera analógica. Hoje é bem mais fácil, os equipamentos são bem mais modernos, com mecanismo totalmente diferente. O design da câmera mudou para melhor, ficou mais leve, mais flexível para você manusear, a questão dos botões também, ficou mais fácil de operar”, explicou o fotógrafo.


Conforme disse Roni Carvalho em entrevista, o Diário representa tudo para ele. Roni entrou no Diário em 25 de setembro 1995 como auxiliar de serviços gerais, e hoje é o único fotógrafo do jornal. “Nesses 22 anos de jornal, eu me sinto realizado. Eu sempre almejei trabalhar nessa área, e o Diário me proporcionou isso e me deu essa oportunidade onde eu consegui abraçar e seguir em frente. Me sinto realizado pelo trabalho que eu faço, pelo que eu já contribuí com o Diário da Amazônia, e eu tenho aqui como a minha segunda casa”, finalizou.



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