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Diário da Amazônia

Dilma Rousseff volta a criticar Israel por conflito na faixa de Gaza

A presidente Dilma Rousseff voltou a criticar ontem (29) o “uso desproporcional da força” de Israel no conflito contra o grupo radical..

Por Diário da Amazônia
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Publicado: 30/07/2014 às 13h36min

A presidente Dilma Rousseff voltou a criticar ontem (29) o “uso desproporcional da força” de Israel no conflito contra o grupo radical palestino Hamas na faixa de Gaza.
Em discurso na reunião de cúpula do Mercosul, na Venezuela, ela pediu um cessar-fogo “imediato, abrangente e permanente”.
“Desde o princípio, o Brasil condenou o lançamento de foguetes contra Israel e reconheceu o direito israelense de se defender. No entanto, é necessário ressaltar nossa mais veemente condenação ao uso desproporcional da força por Israel na faixa de Gaza”, afirmou Dilma.
A presidente novamente defendeu a criação de um Estado palestino como pré-condição para a paz entre israelenses e palestinos. Ela afirmou que o conflito “tem potencial para desestabilizar toda aquela região”.
Na segunda (28), durante a sabatina da Folha de S.Paulo, Dilma havia afirmado que considerava “um massacre” a ação israelense em Gaza. O tom crítico dirigido à ofensiva israelense também foi acompanhado pelos presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Argentina, Cristina Kirchner.
Logo após o final do encontro de presidentes, o Mercosul divulgou um documento em tom semelhante ao discurso de Dilma, criticando o Exército israelense pelo uso desproporcional da força, assim como “qualquer tipo de ações civis violentas contra civis em Israel”.
O bloco deu seu respaldo aos “esforços de paz do secretário-geral das Nações Unidas [Ban Ki-moon] e do Egito” e exigiu um “levantamento imediato do bloqueio que afeta a população de Gaza”.
A declaração é feita após o governo brasileiro ter condenado oficialmente a escalada da violência em Gaza, na última quarta-feira (23).
O documento do Itamaraty, no entanto, não citava as ações tomadas pelo Hamas. O governo também chamou para consultas o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Henrique Sardinha Pinto.
Na linguagem diplomática, a convocação de um embaixador significa forte reprovação às ações do governo do país onde ele está instalado.
Em reação, o porta-voz da Chancelaria israelense Yigal Palmor chamou o Brasil de “politicamente irrelevante” e “anão diplomático”.
Na sabatina da Folha, Dilma lamentou as declarações do diplomata do Estado judaico e disse que o embaixador brasileiro “oportunamente voltará a seu posto”. (FOLHA PRESS)



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