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Diário da Amazônia

Dois anos depois, 55% dos assassinatos não foram julgados em RO

G1 acompanha casos desde 2017. Último caso julgado foi o do homem que matou a ex-enforcada e pendurou o corpo.

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Publicado: 23/09/2019 às 16h43min

Dois anos depois do projeto Monitor da Violência ser iniciado, 55% dos nove homicídios ainda não foram a julgamento em Rondônia. Os assassinatos que o G1 acompanha ocorreram entre 21 e 27 de agosto de 2017.

Entre os homicídios que não chegaram à Justiça estão o de Ademilson Souza da Silva, ocorrido na Linha C-65, Travessão B-40, em Ariquemes. O jovem, então com 24 anos, foi assassinado a tiros. Segundo a Polícia Civil, o inquérito do caso segue em andamento.

Outro caso sem julgamento é o de Carlos Pereira do Nascimento, que teve a cabeça esmagada por uma pedra, também em Ariquemes. O assassino também não foi preso e, dois anos depois, a delegacia da cidade tenta chegar ao suspeito.

Também em Ariquemes, outro homicídio ocorrido no Travessão B-40 segue em investigação. O autor do assassinato não foi preso e a polícia também não conseguiu identificar quem é a vítima deste caso. Isso porque o corpo do homem estava carbonizado.

No último domingo (23), o Fantástico mostrou como está a investigação dos homicídios no país.

Fantástico revela resultado de estudo inédito sobre mortes violentas no Brasil

Casos julgados
Dos nove casos que o Monitor da Violência acompanha no estado, o primeiro a chegar no plenário da Justiça foi o acusado de matar o filho de ex-prefeito José Luiz Rover, de Vilhena (RO). O réu foi condenado a 28 anos de prisão.

O júri mais recente foi o de Adriano de Souza Silva, de 36 anos, acusado de matar a ex-esposa enforcada em Governador Jorge Teixeira (RO). No dia 12 de setembro, no Fórum de Jaru, o réu foi condenado a 13 anos de prisão e seis meses de reclusão pelo assassinato.

 

Acusado é ouvido pelo juiz em Jaru, RO — Foto: Rinaldo Moreira/G1

Keila dos Santos foi encontrada morta, pendurada em uma corda, pela própria filha e o namorado dela no final da tarde de 24 de agosto de 2017.

A mulher apresentava várias lesões pelo corpo e marcas de sangue no rosto. Adriano confessou o crime, cometido após uma discussão entre os dois. Ele não concordava com a separação e tinha ciúmes da ex-companheira.

Logo após o júri, Adriano foi levado à Casa de Detenção de Jaru, onde está preso desde a época do crime.

-Após dois anos em Rondônia
-Dos nove casos, quatro já foram julgados e os réus condenados
-Um caso foi arquivado
-Uma morte foi por intervenção policial
-Seis assassinatos ocorreram na rua; três na parte da manhã
-Em seis assassinatos foram usadas armas de fogo

Fonte: G1 RO — Porto Velho



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