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Diário da Amazônia

Dólar reverte queda e fecha perto da máxima com incertezas externas

O dólar à vista subiu 0,40%, a R$ 5,6033 na venda, perto da máxima do dia, de R$ 5,6059 (+0,44%).

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Publicado: 14/10/2020 às 17h03min | Atualizado 14/10/2020 às 17h04min

Dólar fechou em alta ante o real nesta quarta-feira (14)
Sergio Moraes/ Reuters – 31.03.2015

O dólar fechou em alta ante o real nesta quarta-feira (14), ganhando força na parte da tarde depois de cair durante a manhã, conforme o mercado buscou a segurança da divisa dos Estados Unidos num pregão em que predominou cautela sobre os rumos da pandemia global de coronavírus.

O dólar à vista subiu 0,40%, a R$ 5,6033 na venda, perto da máxima do dia, de R$ 5,6059 (+0,44%). Na mínima, a cotação caiu 0,80%, para R$ 5,5364.

A queda do dólar ainda pela manhã coincidiu com as mínimas do dia para a moeda norte-americana no exterior.

O real descolou de boa parte de seus pares emergentes, mas mesmo assim foi acompanhado na baixa pelo rublo russo e pelo zloty polonês, além de outras moedas europeias e do rand sul-africano, no dia em que países europeus tocaram o sino de alerta sobre uma ressurgência de casos de covid-19.

A menor expectativa de outro pacote fiscal nos Estados Unidos também afetou o sentimento dos agentes financeiros. O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse que um acordo em torno de um estímulo fiscal provavelmente não seria alcançado antes das eleições de 3 de novembro.

De acordo com o Bank of America, é provável uma “segunda rodada” de força global do dólar nas próximas semanas, com base em um padrão observado por analistas do banco, que inclui, por exemplo, expectativas em torno da política monetária dos Estados Unidos, perspectivas de inflação, sazonalidade e venda excessiva da moeda nos últimos meses.

Para Gilberto Kfouri, responsável por renda fixa e multimercados da BNP Paribas Asset Management no Brasil, o dólar está caro ante o real, sobretudo considerando a expectativa de que o resultado das transações correntes escape de déficit neste ano. Mas ele ponderou que os mercados domésticos seguem envoltos em temores de ordem fiscal e que o noticiário local tem peso maior na taxa de câmbio quando comparado a outros lugares.

“Espaço para o dólar voltar (cair) tem. Mas se fizer besteira também continua piorando (real desvalorizando)”, concluiu.

(R7)



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