Em 2015 a Associação dos ferroviários da Estrada de Ferro Madeira Mamoré a procurou o Ministério Público (MP) e realizou denúncias sobre o descaso da E.F.M.M. Através das queixas foi criada uma ação civil pública que gerou a revitalização do complexo ferroviário.
O Prefeito Hildon Chaves assumiu a Prefeitura e com ela a concessão de 50 anos para revitalização da E.F.M.M. De acordo com o vice presidente da Associação dos ferroviários, George Teles, conhecido como o Carioca disse que nesse período o complexo passou por diversos roubos de peças valiosas. “Com o fechamento final do despacho do juiz já iniciou as obras esse ano. Independente de ação judicial os ferroviários já vinham trabalhando a reforma da litorina que vai até a Santo Antônio foram os próprios ferroviários que fizeram ’’, disse.
Carioca contou que para aumentar o percurso da litorina está sendo abertos mais quatro quilômetros de estrada até a Vila Candelária pelos ferroviários. Com apoio da Secretaria de Justiça do Estado (Sejus) que permitiu que quatro reeducandos ajudassem nos serviços dos dormentes dos trilhos e auxílio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) a obra está sendo realizada.
Os dormentes foram adquiridos pelo termo de cooperação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que liberou madeiras no Distrito de União bandeirantes. Segundo George Teles a associação custeou o frete e o corte das madeiras com a venda de peças da EFMM que não eram mais aproveitáveis.
“É uma luta que as associações vêm fazendo nesse complexo ferroviário. Nossa missão é daqui a três anos é levar a locomotiva até Santo Antônio com sete quilômetros”, ressaltou Carioca.
Outra frente da Associação é realizar 42 quilômetros em linha reta de uma locomotiva para Abunã, com recursos já adquiridos. O município de Guajará-Mirim também está no planejamento, à restauração de mais uma litorina está entre os projetos da associação.