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Publicado: 24/04/2020 às 07h55min
Nesta semana, as cotações de produtos importantes o equilíbrio da balança comercial, demonstrou efeito inverso do que diziam, que, a comercialização de produtos alimentícios não seria afetada. Ainda não é possível observar o efeito da queda no preço, mas as restrições sanitárias nos portos e a mudança geral no mundo, vem ditando outras prioridades.
O café é a segunda bebida mais consumida no mundo, perdendo apenas para a água pura. Assim, o produto que cotou a saca de 60 quilos a R$ 585,70, e continua sendo um verdadeiro ouro preto, continua animando produtores e o setor, porém, a queda percebida de 2,32% no preço dá sinal de que a pandemia do novo coronavirus mudou hábitos e causou restrições de consumo em todo o mundo.
O açúcar cristal, que desde os tempos do Brasil imperial sempre foi um bom negócio, continua com seu bom valor, mas também registrou desvalorização na casa de 0,14%. Nesse caso não se atribui a consumo, mas ao aumento da produção de álcool e etanol, que no Brasil tem a mesma matéria prima, a cana-de-açucar.
A queda do preço do milho também tem a ver com a produção de biocombustível. Em vários países, o produto é base para a produção de etanol. Com veículos e máquinas paradas, o consumo baixou, e naturalmente o preço da matéria prima haveria de cair. A redução de 4,12% representa que, desses produtos, foi o que mais perdeu valor.
Como a curva de contaminação do novo coronavírus só tende a declinar entre maio e junho, até lá, caso o produtor possa estocar, seria a melhor forma de diminuir o impacto em seus lucros com a safra no momento. A questão é saber que destino o mercado terá, já que a pandemia tem mexido com comportamento geral do mundo. Como esses produtos são de primeiríssima necessidade, assim o mercado abrir, o valor deve retomar.
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