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Diário da Amazônia

Eleição 2018 tem maior número de mulheres vices

Na primeira eleição em que candidaturas femininas terão uma cota de recursos para campanha do fundo eleitoral, o número de mulheres..

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Publicado: 09/08/2018 às 10h23min

Nas eleições deste ano, um número maior de mulheres integra chapas na condição de vices (Diego Herculano/Folhapress)

Na primeira eleição em que candidaturas femininas terão uma cota de recursos para campanha do fundo eleitoral, o número de mulheres candidatas a vice cresceu tanto na disputa presidencial quanto nos Estados. Ao todo, 67 mulheres serão candidatas a vice-governadora nas eleições deste ano, o equivalente a 37,6% do total. Em 2014, eram 27,7%, e em 2010, 19,5%. No caso de candidatas a vice-presidente, agora são 4 em 13 (30,7%) —em 2014, foram 3 em 11 (27,2%) e, em 2010, apenas 1 em 9 (11,1%).

As escolhas se deram em meio a um limbo jurídico após a decisão do TSE, em maio deste ano, a qual define que R$ 510 milhões do R$ 1,7 bilhão aprovado para o fundo público de financiamento de campanhas devem ir para candidaturas de mulheres. O TSE informa que aplicação de pelo menos 30% em candidaturas femininas é condição obrigatória para a liberação do fundo eleitoral. Mas diz que critérios de distribuição dos recursos serão definidos pelo partido, que poderá destinar a cota de gênero para qualquer tipo de eleição: majoritária ou proporcional.
Especialistas divergem sobre o alcance da medida. Parte defende que os recursos da cota feminina podem ser utilizados para candidaturas majoritárias nas quais um homem ocupe a cabeça da chapa e a mulher ocupe o posto de vice, no caso de Presidência ou governos, ou de suplente, no caso do Senado. Outra parte defende que o dinheiro só pode ser utilizado em candidaturas majoritárias nas quais a mulher ocupe a cabeça da chapa.
Há ainda um terceiro entendimento no qual o partido da vice mulher pode usar os recursos da cota para financiar a campanha majoritária. Mas o partido do cabeça de chapa não poderia. Sem uma definição clara, cada partido definirá sua estratégia. Mas todos eles afirmam que a escolha de vices mulheres não tem relação com a questão do fundo eleitoral.
Entre 13 presidenciáveis, apenas Marina Silva (Rede) e Vera Lúcia (PSTU) disputarão como cabeça de chapa. Mas outros quatro candidatos terão mulheres como vice: Geraldo Alckmin (PP), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e Cabo Daciolo (Patriota). O número pode chegar a cinco caso Manuela D’Ávila (PC do B) assuma o posto de vice de Lula ou de Fernando Haddad (PT).


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