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Diário da Amazônia

Em apenas três meses, Ji-Paraná registra 24 homicídios

No mesmo período ocorreram 25 tentativas de homicídios

Por Fernando Pereira Diário da Amazônia
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Publicado: 16/10/2020 às 09h24min | Atualizado 16/10/2020 às 10h05min

Com mais duas pessoas mortas nesta última quinta-feira (15), a cidade de Ji-Paraná chega ao exorbitante número de 24 homicídios em três meses e meio. A onda de assassinato parece que não vai parar tão cedo. O que chama a atenção da Polícia é que a maioria esmagadora dessas execuções é de pessoas que estão ou estiveram envolvidas no mundo do crime.

Irmãos assassinados

Nesta última quinta (15), dois irmãos, que residem no bairro São Francisco, chegavam em casa quando foram abordados por um homem que, sem dizer nada, sacou uma arma de fogo e iniciou uma série de disparos. Ambos foram atingidos.

Silvanir Jose foi alvejado três vezes e morreu no local. Já seu irmão, Renildo José, foi alvejado uma vez e morreu horas depois no Hospital Municipal.

Embora com dificuldades, por conta do baixo efetivo de agentes para investigar (4 apenas), a Polícia Civil vem tentando elucidar os crimes, mas até o momento não obteve êxito.

Tentativas

É grande também o número de tentativas de homicídios. No fim de semana passada, por exemplo, ocorreram mais três tentativas, e nesse período em que a onda de mortandade foi iniciada, já foram registadas 25 tentativas.

Em uma das tentativas ocorridas no fim de semana passado, dois homens saíram atirando em um ex-detento que correu para o pátio de um posto de gasolina. Ele foi alvejado por dois disparos que o atingiram na região da barriga. Um dos disparos feitos a esmo acabou acertando a perna de uma jovem frentista que se viu em desespero em meio à cena de horror.

Investigação

Como estão morrendo ou tentando matar um número grande de pessoas envolvidas com o crime, as linhas de investigações contempla várias suposições, que vão desde guerra entre facções criminosas, queimas de arquivo, cobrança de dívidas por drogas e, inclusive, uma “limpeza social”. Até o momento a Polícia, segundo o delgado Luís Carlos Hora, titular de delegacia de homicídios, disse não ter encontrado uma causa especifica para as mortes em massa.



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