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Editorial

coluna

Publicado: 02/09/2019 às 17h19min

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Em Frente Brasil pode diminuir a violência

O governo federal quer constituir um novo modelo de segurança pública no país, a partir de eixos sociais agrupados com serviços de..

O governo federal quer constituir um novo modelo de segurança pública no país, a partir de eixos sociais agrupados com serviços de segurança pública. Se sair do papel da forma que está previsto, pode ser uma iniciativa inteligente para diminuir a violência nas cidades. A aplicação do modelo será transversal e multidisciplinar nas áreas de educação, saúde, habitação, emprego, cultura, esporte e programas sociais. Não se trata da invenção da roda, pois projetos semelhantes já deram certos em muitos lugares. Durante o lançamento que aconteceu na última quinta-feira (29), em Brasília, a proposta foi bastante elogiada. A condução será pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que tem como titular, o ministro Sérgio Moro, o mais popular integrante do governo.

Para implantar projetos-pilotos foram escolhidas cidades que tiveram alto índices de violência e estão longe das cobranças imediatas. Assim, será possível errar, corrigir, refazer, até acertar no modelo ideal. As cidades são Ananindeua (PA), Goiânia (GO), Paulista (PE), Cariacica (ES) e São José dos Pinhais (PR). O governo vai investir cerca de R$ 20 milhões no financiamento das atividades. Cada município ficará com R$ 4 milhões ao logo de seis meses.

O projeto tem como foco os crimes violentos, como homicídios, feminicídios, estupros, latrocínios e roubos. Essas modalidades criminosas acontecem em todos os municípios brasileiros e causam danos sociais em dimensões assombrosas. O que se pretende é minimizar essas ocorrências a partir das decorrências, ou seja, eliminando as razões. O conjunto de ações integradas devem promover mudança de comportamento cultural de violência, uma vez que, os principais motivos das ações criminosas estão relacionadas como o meio onde o indivíduo vive, suas dificuldades sociais, morais e culturais.

A inciativa é correta e pode render um novo modelo de segurança para o país, a partir da construção de um novo perfil de cidadão. Combater a violência em suas origens evitar mortes, traumas psicoemocionais, medos e inseguranças e dará aos indivíduos às margens da sociedade oportunidades de cidadania. Vale confiar e torcer para que nessas cinco cidades pilotos, o projeto dê certo, haja comprovadamente a redução da violência, e possa expandir aos demais municípios os mesmos modelos para se ter mais paz e segurança nas cidades. O que não pode é esquecer que sem combater à corrupção e ao crime organizado sustentado pelo narcotráfico, toda boa ideia poderá naufragar.


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