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PLANTÃO DE POLÍCIA

Em julgamento, dono de bar relata confusão que acabou em mortos

Durante o julgamento do cabo da PM Josevânio da Silva Oliveira, nesta terça-feira (28), no fórum criminal de Porto Velho, o..

Por Rondoniagora
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Publicado: 29/05/2019 às 08h22min | Atualizado 29/05/2019 às 08h24min

Durante o julgamento do cabo da PM Josevânio da Silva Oliveira, nesta terça-feira (28), no fórum criminal de Porto Velho, o proprietário do bar, Agenor da Costa, foi o segundo a prestar depoimento e contou para o juiz o que lembrou no dia em que aconteceram os crimes. Ele foi uma das vítimas atingidas por tiros disparados pelo militar.

Josevânio é acusado de matar a tiros Erivelto da Silva, Vadico da Silva e Valdemir de Jesus dos Santos. Também é acusado de ter tentado assassinar Agenor, Cátia Valéria Ana Cavalieri e Leandro de

Souza, que não foram mortos por vontade alheia do acusado, já que foram socorridos por populares.

Em seu depoimento, Agenor da Costa contou para o juiz que o acusado chegou ao local por volta das 2 horas da madrugada e pediu para ele providenciar uma mesa próxima ao balcão do bar. O pedido foi atendido, mas não onde o policial queria.

Antes da confusão, uma cliente teria ido até o balcão e informou para o proprietário que Josevânio estava passado a mão nas partes intimas dela e de outras mulheres.

Minutos depois, outro cliente e reclamou mais uma vez, pedindo que o dono do bar resolvesse o problema, caso contrário poderia haver confusão. Para evitar problemas, o homem disse que se dirigiu até Josevânio e pediu que parasse de assediar as mulheres, mas ele não gostou e começou a confusão.

Durante a briga, o proprietário do bar disse que Josevânio sacou sua arma, começou a efetuar vários disparos e dois deles o atingiram na perna e nas nádegas. Disse ainda que várias pessoas foram para cima do cabo da PM para tentar desarmá-lo, e mesmo assim o acusado continuou atirando.

O proprietário do bar relatou ao juiz que ainda tentou agredir Josevânio com uma barra de ferro, ao ver seu sobrinho morto, mas outras pessoas o impediram. “Eu ia fazer isso porque vi que meu sobrinho estava caído no chão baleado, mas não deixaram. Qualquer pessoa em meu lugar faria isso se tivesse visto algum parente na situação que meu sobrinho estava”, disse.

O dono do bar disse para o juiz que não conhecia o cabo da PM e não sabia que ele estava armado. Na hora da confusão, o homem disse que o bar estava lotado de clientes.

O crime

Segundo consta na denúncia, o crime aconteceu na madrugada do dia 6 de janeiro deste ano, em um bar, situado na Rua Vila Mariana, Bairro Marcos Freire, na Capital. A sentença de pronúncia foi proferida pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri da comarca de Porto Velho, José Gonçalves da Silva Filho. Ele foi preso no dia 10 de janeiro de 2019.

No dia do crime, testemunhas contaram aos policiais que o dono da distribuidora de bebidas, Agenor da Silva, 39 anos, e o cabo tiveram um desentendimento e o militar sacou a arma e começou a efetuar vários tiros, atingindo o próprio Agenor e ainda as vítimas Leandro de Souza Cardoso, 33 anos, Valdemir Jesus dos Santos, 36 anos, Erivelton da Silva Magalhães, 25 anos, Vadico da Silva, 42 anos e Cátia Valéria Ana Cavalieri, 41 anos, baleada no braço. Populares conseguiram tomar a arma do policial e o agrediram a pauladas.



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