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Diário da Amazônia

Em Rondônia, 24 mil pessoas desistiram de procurar emprego, diz IBGE

Os cidadãos que integram essa parte da população são chamados na pesquisa de “desalentados”.

Por Natália Figueiredo Diário da Amazônia
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Publicado: 31/08/2020 às 10h27min | Atualizado 31/08/2020 às 11h40min

Crédito: Thiago Freitas / Extra/Agência O Globo

Cerca de 24 mil pessoas em Rondônia desistiram de procurar por um emprego no segundo trimestre deste ano, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na última sexta-feira (28).

Os cidadãos que integram essa parte da população são chamados na pesquisa de “desalentados”.

São pessoas que não buscam emprego por considerar que não conseguiriam um trabalho adequado, que não têm a experiência profissional ou qualificação necessária, que não conseguiram emprego por serem jovens ou idosas demais, ou simplesmente por não haver trabalho na área em que vivem.

No segundo trimestre, esse grupo teve duas mil pessoas a mais que no trimestre anterior. Em comparação ao segundo trimestre de 2019, foram mais 10 mil desalentados.

O estudo também divulgou indicadores como taxa de desocupação, nível da ocupação, população ocupada, população desocupada, rendimento médio real de todos os trabalhos e taxa composta de subutilização da força de trabalho, seguindo recomendações internacionais da OIT – Organização Internacional do Trabalho.

A pesquisa do IBGE também apontou queda no número de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. No primeiro trimestre de 2020, eram 47 mil pessoas e passaram a ser 27 mil no segundo trimestre. Em comparação ao mesmo período de 2019, a redução foi de 23 mil trabalhadores.

Em contrapartida, houve aumento de 17,2% no número de desocupados entre um trimestre e outro de 2020. Entre janeiro e março, eram 74 mil pessoas nesta condição e passaram a ser 87 mil no segundo trimestre. Segundo a PNAD Contínua, a taxa de desocupação de Rondônia é de 10,6%, sendo a sexta menor do país.

Economia local

Dos 728 mil rondonienses ocupados no segundo trimestre, 164 mil (22,5%) trabalharam no setor agropecuário, 147 mil (20,2%) eram servidores da administração pública e 130 mil (17,9%) executaram suas atividades no comércio.

Quase todos os grupamentos mantiveram-se estáveis entre os dois trimestres. O que apresentou a maior queda (36,8%) foi o de serviço doméstico, que caiu de 49 mil trabalhadores para 31 mil.

A taxa de informalidade foi 46,6%, com destaque para os trabalhadores por conta própria, em que 85,3% não tinham registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Entre os trabalhadores do setor privado, 25,6% não tinha carteira assinada. Já entre os empregados doméstico, 63,3% não tinha carteira assinada. (Com Informações do PNAD e IBGE)



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