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Diário da Amazônia

Em Rondônia, Dilma defende obras que geraram mal-estar com Marina

  No primeiro evento de campanha após a reviravolta que colocou a ex-ministra Marina Silva na disputa pelo Planalto, a presidente Dilma..

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Publicado: 19/08/2014 às 21h02min | Atualizado 27/04/2015 às 00h38min

 

Dilma  visitou obras das usinas hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, em Rondônia(Foto: Jota Gomes/diário da Amazônia)

Dilma visitou obras das usinas hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio(Foto: Jota Gomes/Diário da Amazônia)

No primeiro evento de campanha após a reviravolta que colocou a ex-ministra Marina Silva na disputa pelo Planalto, a presidente Dilma Rousseff fez nesta terça-feira (18) uma agenda eleitoral para defender obras de infraestrutura e rebater críticas sobres seus impactos ambientais.

A petista visitou obras das usinas hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, em Rondônia, e lembrou a “batalha” do governo do ex-presidente Lula para conseguir as licenças ambientais para as obras.

“Pra mim, é uma das grandes obras entre o governo Lula e o meu. Eu me lembro da batalha que travamos para conseguir liberar essa obra”, disse Dilma ao visitar a usina de Santo Antônio, em Porto Velho.

Dilma disse ainda que o governo brasileiro contratou um especialista indiano para auxiliar no projeto da licença ambiental, e acrescentou que tem muito “orgulho” das obras no rio Madeira. “Na época lutamos muito para viabilizar Santo Antônio e Jirau.”

Em 2007, a cobrança do governo por mais agilidade nas licenças ambientais para as concessões das duas usinas criou um mal-estar entre Dilma e Marina – na época ministras da Casa Civil e do Meio Ambiente – e foi um dos motivos para a saída da hoje pessebista do governo Lula.
Antes colegas no governo Lula, as duas ex-ministras agora se enfrentam na disputa ao Palácio do Planalto. Após a morte do presidenciável do PSB Eduardo Campos na semana passada, Marina, então vice na chapa, deverá assumir a candidatura do partido nesta quarta-feira (20).
A entrada de Marina preocupa a equipe da petista, porque aumenta as chances de levar a eleição para o segundo turno. Pesquisa Datafolha realizada nos dias 14 e 15, após a morte de Campos, mostrou Dilma com 36% das intenções de voto, Marina com 21%, tecnicamente empatada com Aécio Neves (PSDB), que tem 20%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Questionada sobre a entrada de Marina na campanha, a presidente disse que via “naturalmente”.

“Não comento a entrada de ninguém. Eu tenho muito o que mostrar. Não tenho que me preocupar com o que as pessoas têm que fazer. Tenho que mostrar as obras que estamos fazendo. Eu estou preocupada é em expor tudo que fizemos”, disse a petista.

CAMPANHA

Durante a visita às obras, Dilma fez campanha corpo a corpo, conversou com operários e gravou imagens para seu programa eleitoral. Distribuiu aperto de mãos, abraços e posou para “selfies”.

Ela almoçou no refeitório com operários e diretores do consórcio que administra as obras. Comeu arroz, feijão, farinha, salada e frango grelhado. “Tava uma maravilha a comida”, disse ela.

Em seguida, visitou a casa de força que controla as 29 turbinas da hidrelétrica, que geram energia para Rondônia, Acre e para a região Sudeste.
De Santo Antônio, ela seguiu de helicóptero para visitar a base de distribuição de energia das usinas para a região Sudeste.

Por Jairo Barbosa e Patrícia Brito



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