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Embrapa lança APP para escolher espécies

O aplicativo surgiu do livro Guia Arbopasto, já existente em versão impressa.

Publicado: 10/04/2019 às 09h02

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A Embrapa e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) disponibilizam, gratuitamente, um aplicativo que auxilia o produtor a escolher as espécies de árvore mais adequadas à cada pastagem. “O Arbopasto é uma ferramenta indispensável para técnicos e produtores rurais planejarem a introdução do componente arbóreo em área de pastagem com as espécies mais adequadas”, afirma a pesquisadora da Embrapa Rondônia Ana Karina Salman.

O aplicativo surgiu do livro Guia Arbopasto, já existente em versão impressa, segundo Fabiana Villa Alves, pesquisadora da Embrapa Gado de Corte (MS), que também participou do desenvolvimento. “Pela nossa experiência com aplicativos de uso na agropecuária, vimos a oportunidade de transformá-lo em uma ferramenta de fácil acesso e consulta, que será expandida em uma próxima versão para as espécies nativas do Cerrado”, conta Alves.

O catálogo conta com fotografias para facilitar a identificação. “A principal vantagem do aplicativo é a portabilidade. Quando o produtor rural encontrar uma árvore no campo, poderá verificar imediatamente se é boa para a pastagem, se os frutos não causam intoxicação nos animais, entre outras características”, detalha o pesquisador da Embrapa Acre, Carlos Maurício de Andrade.

Árvores melhoram qualidade do capim

O produtor rural João Evangelista, conhecido como João Paraná, possui uma área de 200 hectares, no município de Senador Guiomard, a 70 quilômetros de Rio Branco (AC). Para recuperar as pastagens degradadas, João e pesquisadores da Embrapa instalaram uma área de três hectares, em 2009, que combinou, durante a etapa de instalação, o plantio de árvores nativas, como o mulateiro e o bordão-de-velho, com a produção de grãos. Em 2014, a área voltou a ser pastejada e o produtor rural notou melhorias nas forrageiras cultivadas.

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Opera também off-line

O aplicativo Arbopasto possui uma novidade tecnológica. A ferramenta funciona em qualquer dispositivo móvel e também em computadores convencionais, além de poder ser utilizada no campo, ou seja, em locais sem a presença de internet. Segundo Camilo Carromeu, do Núcleo de Tecnologia da Informação da Embrapa Gado de Corte, ele foi desenvolvido utilizando um conceito denominado “aplicação web progressiva”, do inglês “Progressive Web Applications – PWA”. O uso dessa tecnologia permite desenvolver aplicações Web que se comportam de forma muito semelhante a aplicativos móveis nativos, beneficiando-se, dessa forma, das melhores características das duas plataformas.

Para o desenvolvedor do aplicativo e graduando do curso de Ciência da Computação da UFMS, Mário de Araújo Carvalho, tecnologias híbridas, como o PWA, são mais fáceis e menos onerosas de serem mantidas e evoluídas, uma vez que há um único código-fonte comum a todos os tipos de dispositivos.

Árvores no pasto para quê?

A inserção de árvores nas pastagens, para atender diversas finalidades, é um desafio cada vez mais presente no dia a dia dos pecuaristas brasileiros. Os ganhos são muitos: elas podem diversificar os produtos obtidos na propriedade e elevar a renda, melhorar o microclima e oferecer mais conforto térmico e bem-estar ao animal, aumentar a fertilidade do solo e até tornar a paisagem mais agradável.

Abrange outros biomas

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Os dados do aplicativo migrados do “Guia Arbopasto: manual de identificação e seleção de espécies arbóreas para sistemas silvipastoris”, lançado em 2012 pela Embrapa Acre em parceria com a Embrapa Rondônia, estão na base de dados do aplicativo. São árvores encontradas em pastagens nos estados do Acre e Rondônia, mas a maioria das espécies ocorre, também, nos outros biomas brasileiros. Segundo o pesquisador da Embrapa Acre Carlos Maurício de Andrade, das espécies disponíveis, 100% estão presentes na Região Norte, 76% no Centro-Oeste, 53% no Nordeste, 31% no Sudeste e 20% no Sul do Brasil.

O aplicativo foi desenvolvido por meio de parceria entre Embrapa Rondônia, Embrapa Acre, Embrapa Gado de Corte e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), com o apoio financeiro do Banco da Amazônia (Basa).

Por Redação Diário da Amazônia

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