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Emocionado em retorno, Calazans perdoa agressores

Jovem promissor, atacante ficou um ano e dois meses longe do gramado após duas cirurgias no joelho direito.

Por Globo Esporte
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Publicado: 09/10/2018 às 09h49min

Foto: André Durão/GE

Assim que o árbitro apitou o fim da partida na vitória do Fluminense sobre o Paraná por 4 a 0, Marquinhos Calazans ajoelhou e beijou o gramado do Maracanã. Uma cena muito representativa. Afinal, o jovem atacante de 22 anos não pisava naquele gramado desde o dia 5 de agosto de 2017, quando rompeu o ligamento do joelho direito e precisou passar pela primeira das duas cirurgias a que foi submetido em um curto período de tempo.

– Ali foi a redenção de tudo que passou. Fiquei emocionado. O momento que veio na minha cabeça foi a primeira lesão. Era um momento muito bom na minha carreira. Melhor momento da minha vida. Aquele filme passou na minha cabeça. Estou muito feliz.

A volta aos gramados após a primeira cirurgia precisou ser adiada em razão de um lamentável episódio que o forçou operar o joelho novamente. Em 15 de dezembro de 2017, dia da final da Sul-Americana entre Flamengo e Independiente, Calazans foi agredido por dois torcedores rubro-negros em uma lanchonete em Vista Alegre, zona norte do Rio de Janeiro. Apesar do ataque ter atrapalhado sua carreira, o jogador diz perdoar seus agressores.

O período de um ano e dois meses sem jogar foi difícil para Calazans. O atacante revela que, durante a recuperação, inclusive, chegou a pensar em parar de jogar futebol:

– Ver todo mundo jogando, todo mundo podendo ajudar e só poder ficar na torcida… Isso é o mais difícil para o atleta, ver que os outros podem ajudar, menos você. Um ano e dois meses sem jogar… Foi um momento muito difícil da minha carreira.

Ao ser chamado para entrar em campo, aos 23 minutos do segundo tempo, Calazans foi ovacionado pela torcida presente no Maracanã. Ainda sem ritmo de jogo pelo longo tempo fora de combate, o jovem atacante teve atuação discreta, mas deu esperanças nos tricolores que apostam em seu talento.

Mostrou o atrevimento característico em uma arrancada pela esquerda e qualidade em uma troca de passes pela direita. Tentou um chute a gol, que parou na defesa, e sofreu três faltas. Apesar do tempo parado, foi crítico ao analisar seu retorno.

– Eu me senti muito bem. Após um ano e dois meses sem jogar, o cansaço é normal. A parte física a gente vai pegando aos poucos, vai se adaptando ao jogo. A parte médica e fisioterápica tiveram muito cuidado com a minha volta e isso me fortaleceu para voltar hoje e me sentir totalmente bem. Fui mais ou menos ainda. Sei que posso render muito mais que rendi hoje. Mas vamos voltar aos treinos e melhorar – avaliou.



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