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Empreendedora do meme três reais entra na brincadeira das redes

No último domingo, a empreendedora Raquel Motta Amaral, de 34 anos, ficou famosa nas redes sociais após aparecer no quadro “Isso a..

Publicado: 01/02/2019 às 09h26

A empreendedora Raquel Amaral viralizou nas redes sociais após quadro do ‘Fantástico’ mostrar o diálogo sobre os R$ 3 sobre a carteira feita de caixa de leite . Foto: (Reprodução)

No último domingo, a empreendedora Raquel Motta Amaral, de 34 anos, ficou famosa nas redes sociais após aparecer no quadro “Isso a Globo Não Mostra”, do Fantástico, da Rede Globo, em cena que foi ao ar há dois anos no programa É de Casa. A paródia, que virou piada, surgiu do momento em que a apresentadora Ana Furtado aparece muito espantada ao descobrir que a artesã usou somente R$ 3 para confeccionar carteiras feitas de materiais recicláveis. A repetição da pergunta “três?”, em sequência, acabou viralizando nas redes sociais.

— Fiquei surpresa quando me vi aparecendo no Fantástico, não conseguia me mexer. No dia seguinte já recebi a imagem da nota com o meu rosto e fiquei impressionada. Eu lembro que antes tinha cerca de 60 seguidores no Instagram, e agora tenho 1.644. Recebo muitas mensagens no Instagram, e quando respondo as pessoas elas me escrevem ‘ah, a musa dos R$ 3 me notou’ — diz, empolgada, Raquel.


Embarcando na onda do sucesso que fez nas redes sociais, a empreendedora decidiu levar a brincadeira ao cardápio do negócio que criou com uma amiga no último ano, a confeitaria ambulante Petit Biscuit – Confeitaria Artesanal. Raquel já trabalha com uma nova identidade visual para a marca, e encomendou um banner que chama a atenção para os produtos de R$ 3 que a dupla vai começar a oferecer ao público.

— Na carrocinha da confeitaria criamos vários produtos de R$ 3, como o sacolé gourmet e o bolo de pote, por causa do sucesso. Vamos lançar também um biscoito tipo alfajor também nesse valor — conta Raquel, que é gestora de uma ONG e dá aulas sobre empreendedorismo para adultos e culinária sustentável para crianças.

 


Em 2018, a Petit Biscuit ganhou o edital para custeio de projetos voltados à promoção da igualdade racial e superação do racismo, da PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), no qual ficarão responsáveis por capacitar 60 mulheres de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, em parceria com a instituição Casa de Cláudia e a prefeitura do local.
Nascida e criada em Vigário Geral, na Zona Norte do Rio, Raquel é pedagoga formada pela UERJ. Começou a se interessar por artesanato ainda na adolescência, quando entrou para o curso técnico em Turismo e teve que pensar em formas alternativas de ganhar dinheiro.

— Na época da escola, a ideia surgiu por eu receber roupas de doação. Como não tinha muito dinheiro, transformava as roupas para poder ter peças novas. Fazia de uma camisola uma saia, tingia sapatos e calças, era muito criativa. As meninas do colégio perguntavam onde eu tinha comprado as roupas, porque queriam também. Eu costurava desde os 12 anos, aprendi com a minha mãe. Gastava muito com xerox, e vendia perfume, revistas e até presilhas de cabelo para conseguir mais dinheiro — conta Raquel, emocionada ao lembrar das dificuldades que passou.

Há nove anos, Raquel fundou junto ao marido, o artista plástico Valmir Vale, o Instituto Musiva. A ONG, que promove a inclusão social por meio da economia criativa, é situada em Bonsucesso. Além de fundador do instituto, o sucesso repentino da empreendedora fez com que Vale ajudasse como uma espécie de assessor de imprensa dela.
Em 2004, o casal já havia desenvolvido em conjunto um projeto no qual confeccionaram 200 placas numéricas de mosaico para identificar as casas da comunidade de Vigário Geral, onde moravam. Até então, muitas casas não tinham identificação postal.


Dez anos depois, Raquel lançou seu próprio canal de venda direta de artesanato, o quiosque Musiva no Pátio da Unisuam, em Bonsucesso. Atualmente não tem como principal atividade a confecção de artesanato, mas gerencia o projeto Tecendo Arte e realiza oficinas de artesanato sustentável, com trabalhos que impactam cerca de 1.600 pessoas.

Por Extra Online

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