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RONDÔNIA

Encontro discute febre aftosa em Rondônia

O planejamento do Mapa prevê retirada da vacina contra a aftosa.

Por Sara Cicera Diário da Amazônia
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Publicado: 27/03/2019 às 15h31min | Atualizado 27/03/2019 às 17h01min

Na reunião foram discutidas recomendações do governo federal para a pecuária nos quatro Estados (Foto: Roni Carvalho – Diário da Amazônia)

Na tarde de ontem (26), Porto Velho sediou a 4ª reunião do Bloco 1 do Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (Mapa), coordenada pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), para discutir o planejamento estratégico do Programa Nacional da Febre Aftosa 2017-2026, que trata da retirada da vacinação contra a febre aftosa, especialmente as ações relacionadas à sua execução pelos Estados participantes do Bloco 1 (Acre e Rondônia) com a colaboração dos estados do Mato Grosso e Amazonas.

Representantes do Ministério da Agricultura e dos Estados participantes do Bloco 1 e dos setores produtivos dessas Unidades estiveram presentes ao evento. O objetivo da 4ª Reunião do Bloco 1 é apresentar quais Estados estão aptos a prosseguir no Plano Estratégico 2017-2026 na retirada da vacinação contra a febre aftosa em bovinos e bubalinos. “O Ministério da Agricultura vai apresentar se nós estamos aptos a prosseguir no plano estratégico nacional que prevê a retirada ou não da vacina contra a febre aftosa, e o que nós precisamos melhorar e qual é o tempo para que todos que estão em atraso, na média, possam rever as suas ações e melhorar o nível de atendimento às necessidades que o Mapa nos apresentou”, informou o secretário da Seagri, Evandro Padovini.

Padovani destacou que dentro do protocolo de vacinação contém 140 itens que devem ser seguidos para se ter um bom resultado, como por exemplo, uma equipe técnica de capacitação de equipamentos, de veículos, postos de fiscalização entre outros. Com a retirada da vacinação, será necessário também fortalecer as fronteiras, as divisas internacionais. “Rondônia faz divisa com a Bolívia que compreende mais de 400 mil quilômetros. Temos a divisa do Acre, que vai fazer o Bloco, e nós vamos abranger em torno de 13 municípios do Amazonas que entram no Bloco I junto com Rondônia e Acre, e também temos parte do Mato Grosso que compreende 8 municípios, e que muda totalmente a estratégia de ação da agência Idaron”, explicou.

De acordo com o presidente do Idaron, Júlio César Rocha Peres, o maior rebanho do estado de Rondônia está no Município de Porto Velho. Segundo ele, as vacinas foram efetivadas em Rondônia e alcançou excelentes níveis vacinais. “Alcançamos na casa de 100% ou muito próximo disso, com uma consciência muito presente e ativa por parte dos produtores que são de fato os maiores responsáveis pelo status sanitário que nós temos no Estado”, disse.

Rondônia possui 14 milhões cabeças bovinas, um resultado de quase 8 bovinos por habitantes no Estado. “Rondônia, na reação per capta, é o estado que mais tem bovino por habitante no País. E vinculado a essa situação, o patrimônio que nós temos dentro da bovinocultura, chega perto de 15 bilhões de reais depositado sob os cuidados da agência Idaron”, pontuou Júlio César.

O secretário da Seagri, Evando Padovani acredita que o Estado será bem avaliado, tendo em vista que a avaliação é interna e sigilosa, cujos resultados serão apresentados pelo Mapa. “Hoje é que nós vamos saber realmente em que situação está a Idaron, e a partir daí vamos saber se podemos fazer a última campanha de vacinação ou se vamos ter que estender a campanha. A última campanha deve ser agora em abril para que a gente possa receber o status de livre de aftosa sem vacinação do Bloco I”, finalizou.



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