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Erasmo Meireles é sabatinado na Comissão de Transportes e Obras

Deputados fizeram vários questionamentos ao escolhido pelo governador Marcos Rocha

Publicado: 12/06/2019 às 09h02

(Fotos: José Hilde-Decom-ALE-RO)

A Comissão de Transportes e Obras Públicas (CTOP) da Assembleia Legislativa, se reuniu de forma extraordinária, na manhã desta terça-feira (11), para sabatinar o indicado pelo governador Marcos Rocha (PSL) para ocupar o cargo de diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagens (DER), Erasmo Meireles.

Além do presidente, deputado Luizinho Goebel (PV), estavam presentes os deputados membros da CTOP Ezequiel Neiva (PTB), Rosângela Donadon (PDT), Cirone Deiró (Podemos), Ismael Crispin (PSB) Cassia Muleta (Podemos), além dos deputados Adailton Furia (PSD), Dr. Neidson (PMN) e Alex Silva (PRB).

O presidente da Assembleia Legislativa, Laerte Gomes (PSDB), também esteve presente e coube ao deputado Cirone Deiró emitir o parecer.

Adailton Furia foi o primeiro a inquirir Meireles, abordando se, como motorista, como ele se sente ao passar em buracos em rodovias, tapados com terra. “Não é o recomendado. O que existe é a aplicação da mistura de solo-cimento, com a limpeza do buraco, aplicação do produto e em seguida o uso de rolo compactador. Essa base permite que depois seja feito o recapeamento asfáltico”, explicou Meireles.

Novamente, Furia retomou a palavra para dizer que alguns tapa-buracos estão sendo feitos sim com terra, infelizmente. “Em muitos lugares, no interior, está sendo jogada terra pura. Caso o senhor seja confirmado no comando do DER, gostaria que assumisse o compromisso de exonerar o residente que autorizar a aplicação de terra como material para tapa-buracos”.

Em resposta, Meireles disse que “é temerário para mim assumir esse compromisso, pois não sabemos as necessidades de cada local, a pressão popular pelo trabalho rápido e, que muitas vezes, não é possível, até por questão de logística. Porém, é prioridade que o trabalho seja feito sempre com solo-cimento”.

Cassia Muleta também questionou a aplicação da mistura de solo-cimento na recuperação do asfalto. “Se essa mistura é mesmo recomendada, que ela seja feita com qualidade. Minha preocupação é também que o DER assuma a sua obrigação de fato, que é cuidar das estradas estaduais”, observou.

Em resposta, Erasmo Meireles garantiu que, sua missão no DER, em caso tendo o nome ratificado pela Casa, vai ser a de cuidar das estradas estaduais. “Essa é a nossa grande missão: manter as estradas em boas condições de trafegabilidade. Temos que nos fortalecer para fazer o trabalho que é esperado pela população”, completou.

Ismael Crispin apresentou três questionamentos: o primeiro foi sobre a distribuição das residências regionais do DER; o segundo, sobre a possibilidade de mudanças e adequações na legislação e os desafios do DER, em sua ótica.

“São 14 residências do DER no Estado, já definidas há algum tempo. A mudança de local até pode ser feita, mas é importante que tenhamos uma visão maior do Plano Diretor do órgão. Em relação à segunda pergunta, a legislação ainda não nos atender a contento. Incluindo questões ligadas ao licenciamento ambiental. É fundamental esses ajustes. E elenco como desafios mudanças em paradigmas e nas ações”, explicou Meireles.

Laerte Gomes disse que fez questão de participar da sabatina, para manifestar seu reconhecimento ao ato do governador Marcos Rocha, em encaminhar os nomes para serem avaliados pelas Comissões Temáticas da Casa, antes de serem analisados em plenário.

“O DER tem suas limitações orçamentárias e de estrutura, mas precisamos avançar em algumas áreas. A renovação das frotas é uma necessidade, para garantir maquinário para as ações que a população precisa. As estradas assumidas pelo Governo precisam ser mantidas sob sua responsabilidade”, afirmou Laerte.

(Fotos: José Hilde-Decom-ALE-RO)

O presidente da Casa garantiu que todos os parlamentares defendem o DER, por entenderem a importância do órgão, na garantia de estradas de boa qualidade. “Somos um Estado produtor, mas sem estradas não é possível escoar a nossa crescente produção agropecuária. Estou aqui para manifestar meu apoio, minha disposição em ajudar o DER e a minha confiança no nome do coronel Meireles”.

Rosângela Donadon aproveitou para apresentar três questionamentos: o quantitativo de maquinas e quantas funcionando; a existência de laboratório de solo e de fiscais de contrato para combustível.

“São em torno de 700 máquinas pesadas. Hoje, a informação é de que 70% delas estão funcionando. Colocar as máquinas em funcionamento pleno é o nosso desafio. O DER possui um laboratório de solos, mas ainda aquém da nossa demanda. Temos uma demanda de profissionais. E sobre os combustíveis, a informação é de que compete à Sugespe fazer todo o acompanhamento e controle unificado dessa despesa”, respondeu.

Cirone Deiró pediu que, em sendo aprovado como diretor geral do DER, Erasmo Meireles possa dar celeridade aos trabalhos de recuperação de estradas e de pontes, com atenção especial aos gargalos. “Temos pontos cruciais, com a Estrada do Boi, a conclusão do asfalto da Rodovia do Café, a construção de pontes e outras obras. As usinas de asfalto precisam funcionar. Em Cacoal, estamos substituindo o solo-cimento por uma mistura de solo-calcário, numa liga forte e muito mais barata. Se não há orçamento, que possamos aqui ajudar na busca por recursos”, pontuou.

Alex Silva quis saber se há algum projeto do indicado, para atuar em parceria com Porto Velho. “Importante ter essa sensibilidade, essa atenção especial para a capital, que tem uma malha viária extensa e uma série de desafios em sua infraestrutura. Com certeza, vamos dar um apoio ao município”.

Ezequiel Neiva, que foi diretor do DER por pouco mais de dois anos, e lembrou que, ao assumir o órgão, tinha a disposição em fazer muita coisa, mas esbarrou na falta de maquinário e na escassez de servidores.

(Fotos: José Hilde-Decom-ALE-RO)

“Temos 12 mil quilômetros de estradas de terra para cuidar. Fazemos o serviço num ano e no próximo, temos que dar nova manutenção. Temos máquinas já com sete a oito anos de uso, que precisam de manutenção constante e que geram gastos. Temos pouco mais de 1.500 quilômetros de asfalto, boa parte em TSD e com o aumento do tráfego e do peso, a vida útil diminui muito. Qual seu planejamento para fazer essa recuperação?”, indagou.

Luizinho Goebel disse que os deputados são favoráveis ao trabalho em parceria com os municípios, mas defendeu que haja um foco na melhoria das estradas e rodovias de responsabilidade do Estado. Ele ainda defendeu a compra de maquinário, através de um financiamento, para aparelhar o DER. “Poderia também, com o maquinário hoje disponível, fazer três equipes de apoio aos municípios”, acrescentou.

Ao finalizar, Meireles disse que espera a continuidade de uma boa relação com o Parlamento, que é importante para o fortalecimento do órgão.

Por Decom

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