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Diário da Amazônia

Esgotamento sanitário deve ser prioridade na Capital

  Porto Velho voltou a ser notícia nacional com o péssimo índice de infraestrutra, principalmente com o insignificante 3% de..

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Publicado: 03/02/2020 às 17h05min

 

Porto Velho voltou a ser notícia nacional com o péssimo índice de infraestrutra, principalmente com o insignificante 3% de saneamento básico. Sem esgotamento sanitário, a cidade continua com água servida e até esgoto escorrendo a céu aberto pelas esquinas, ruas e meio-fio. Nada agradável para quem vive na cidade ou para quem visita.

Mas essa não é uma notícia tão recente assim. É uma repetição do mesmo fato que vem se repetindo. O primeiro relato vergonhoso ocorreu no início dos anos 1900, quando o médico sanitarista Oswaldo Cruz passou pela Amazônia. Em seu relatório falou horrores da situação sanitária da Porto Velho que estava iniciando. O médico que mudou a história da saúde no Brasil não conseguiu êxito na cidade que beira o rio Madeira.

Por aqui, ao longo de mais de um século de existência, prevaleceu a ideia de que enterrar canos não dá votos. Porém, a falta desse serviço adoece a população e lota as unidades de saúde. Isso perde votos. Outro reflexo é a quantidade assustadora de farmácias, chegando a ter quatro numa mesma esquina, e dezenas num mesmo bairro. Haja estoque para tanta gente doente.

Para resolver esse déficit vai ser preciso uma grande mobilização política para captar recursos e tocar as obras. Isso tornou prioridade para a capital com pior indicador, se comparando com países africanos. Precisa ser criado um grande projeto de infraestrutura que, independente do prefeito, essa ação seja a mais importante e necessária para o bem-estar da população. Passou da hora de enterrar canos, criar estações de tratamentos e dar destino certo para os resíduos.



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