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Capital

Especialista da POC alerta sobre os riscos da conjuntivite

Richael citou que em janeiro de 2017 a POC atendeu a 14 pacientes que tiveram a conjuntivite agravada, enquanto que em dezembro foram 35.

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Publicado: 26/01/2018 às 08h59min

Com o surto de conjuntivite, inflamação da mucosa que reveste o globo ocular, especialistas alerta que se não tratada corretamente, com uso de colírios antibióticos específicos, a viral e a do tipo bacteriana podem evoluir para uma doença mais grave, úlcera de córnea e até para a perda da visão.

Richael Costa explica~as consequências para a visão caso a conjuntivite não seja bem tratada

Conforme o enfermeiro e especialista em oftalmologia, Richael Costa, responsável pelo Serviço de Oftalmologia da Policlínica Oswaldo Cruz, em Porto Velho, o tratamento para este tipo de inflamação é de competência das unidades de saúde de baixa complexidade (postos de saúde), mas se agravada torna-se de alta complexidade, podendo causar a descompensação da córnea (incapacidade de o organismo restabelecer o equilíbrio físico ou mental alterado por um problema estrutural ou funcional), perda do cristalino (catarata), Câmara posterior do olho, deslocamento da retina, entre outros riscos, que podem levar a pessoa à fila do transplante.

Richael citou que em janeiro de 2017 a POC atendeu a 14 pacientes que tiveram a conjuntivite agravada, enquanto que em dezembro foram 35.

A conjuntivite se manifesta de três formas: viral, bacteriana ou alérgica. As duas primeiras são contagiosas. Na primeira há coceira, secreção intensa e olhos vermelhos, podendo desaparecer em até três dias; e na segunda não há coceira, mas secreção purulenta e rejeição à luz, perdurando entre sete a dez dias. Já a alérgica pode ser associada a rinite, comum em crianças, não é contagiosa, mas coça muito.

SINTOMAS E PREVENÇÃO

O especialista recomendou que aos primeiros sintomas da conjuntivite, o paciente deve procurar um posto de saúde para os procedimentos, como uso de colírio, de óculos de mergulho para nadar, ou óculos de proteção se trabalha com produtos químicos. Quanto à prevenção, a forma mais comum é lavar o rosto e as mãos ou esterilizar com álcool (as mãos), evitando sempre o contato com os olhos e também ambientes com grande aglomeração. “As pessoas devem sempre buscar orientação médica e jamais se automedicar”, alertou.

As pessoas devem sempre buscar orientação médica e jamais se automedicar

ALERTA

Com a mudança do tempo seco para o chuvoso, a conjuntivite torna-se mais comum. Em Rondônia há surtos em municípios como Ji-Paraná, onde nas últimas semanas foram registrados 116 casos do tipo viral no Hospital Municipal Claudionor Roriz. Mas o número pode ser maior, considerando que muitas pessoas buscam clínicas particulares e outras unidades. Já em Vilhena, uma única clínica atendeu em 30 dias a 23 casos, sendo que a média de atendimentos por ano era de 10 ocorrências.

Quando a conjuntivite aparece depois do contato com um agente químico, ela é chamada de conjuntivite irritativa. Já o tipo causado por pó ou perfume recebe o nome de alérgica. As duas variações da doença provocam principalmente vermelhidão e coceira, e não são transmitidas por contato.

 



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