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Editorial

coluna

Publicado: 15/02/2019 às 06h00min

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Estacionamento rotativo e a falta de mobilidade urbana

Essa semana a classe empresarial de Porto Velho retomou a discussão com a Prefeitura e a Câmara Municipal sobre a implantação do..

Essa semana a classe empresarial de Porto Velho retomou a discussão com a Prefeitura e a Câmara Municipal sobre a implantação do estacionamento rotativo, conhecido como Zona Azul. O serviço chegou a funcionando início dos anos 2000, na gestão do prefeito Carlinhos Camurça. Na época houve muito questionamento quanto a necessidade, tendo como principal alegação que a cidade ainda não comportava o serviço.

Desde aquele tempo até o momento, a coisa só piorou. Em qualquer lugar da cidade é difícil encontrar vagas para estacionar. Nos principais pontos comerciais como 7 de Setembro, Jatuarana, José Amador dos Reis, Carlos Gomes e diversos aglomerados de comércio, o cliente perde muito tempo procurando vaga. Em muitos casos acontecem a desistência da compra ou a procura por outro estabelecimento que possua estacionamento próprio, o que não são muitos.

Alguns prefeitos sucessores de Camurça tentaram sem sucesso retomar o serviço. Foi assim com Roberto Sobrinho, Mauro Nazif e agora Hildon Chaves. Cada um esbarrou em algum tropeço e a complicação para estacionar só tem crescido. O problema gerou um bom negocio para quem tinha terrenos baldios nos centros comerciais que passaram a cobrar por estacionamentos rotativos privados. Pela quantidade existente dá pra perceber que o negócio é bom.

Se o cidadão escapar dos rotativos cairá nas mãos dos flanelinhas. De um modo ou de outro, a cobrança para estacionar já existe e o que falta é organizar, melhorar, tornar mais justo, e cobrar por isso. O município tem como opção prestar o serviço ou terceirizar, o que será mais provável. A rotatividade permitirá que os clientes possam encontrar vagas perto do estabelecimento comercial que deseja fazer compras. Ganha o consumidor e ganha também o comerciante.

Atualmente as ruas lotam logo cedo de veículos de funcionários públicos, comerciários, gerentes, lojistas, bancários e mais um bom numero de pessoas que deixam o carro bem cedo e só tira de lá no final do dia. O carro parado ocupar lugar e impede a rotatividade do comércio. O giro nos estacionamentos é a forma mais exemplar de resolver o problema que não dá mais para protelar.

Já existe o projeto de Lei Complementar N°38, de 14 de setembro de 2017 que autoriza o poder executivo a outorgar concessão de serviço público de estacionamento rotativo pago para veículos em vias públicas. A matéria será colocada em pauta para votação ainda neste ano. Que seja logo para favorecer a reordenação do espaço nessa Capital que precisa resolver outros desafios como a mobilidade urbana. O fluxo de veículos só tem crescido e as vias pouco receberam de adequações para favorecer o ir e vir mais rápido e seguro.


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