Porto Velho/RO, 24 Março 2024 08:02:12

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 07/07/2020 às 06h00min

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Estão cada vez mais evidenciadas as diferenças entre o prefeito de Porto Velho e o governador de RO

A cura das moléstias Com a oposição deslocada para o centro liberal, via campanha pela manutenção da democracia, o Brasil chegou ao..

A cura das moléstias

Com a oposição deslocada para o centro liberal, via campanha pela manutenção da democracia, o Brasil chegou ao marco zero de uma nova situação: a menos que uma nova crise política seja ateada, será possível unir a nação para mirar objetivamente na resolução das crises econômica, sanitária e ambiental. 

Na Amazônia, as três crises apresentam efeitos duríssimos. O socorro econômico esbarra no Estado quase ausente, que deixa ao deus-dará os desvalidos, com efeitos devastadores também para micros e pequenos empresários. Os negacionistas supunham a Covid-19 como uma “gripezinha” num país com clima quente na maior parte do território, mas afetou mais justo o clima temperado de São Paulo, o calor carioca, o Norte e o Nordeste.

Já a crise ambiental, piorada pela polarização “ideológica”, ameaça agora não só chegar ao temido ponto sem volta como também põe em risco o otimismo dos investidores com o potencial do Brasil de ser a redenção do mundo diante do apocalipse climático, o grande pesadelo da atualidade.  

Por tudo isso, cabe levar em conta o apelo de Antônio Silva, presidente da Federação das Indústrias do Amazonas: “Aqui, no nosso quintal, está a cura de todas as moléstias que atormentam a Humanidade. Por que não destravar essa burocracia e intrigas, para fazer nascer na Amazônia uma bioeconomia pujante?” É hora de encontrar uma rápida resposta para a pergunta.

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As turbulências

A aliança PSDB/PSD/DEM, bem-sucedida na eleição de 2018, emplacando a eleição de um senador e dois deputados federais, passa por turbulências. Os Expeditos, um comandando o PSD e outro cacique dos tucanos,  aparentemente estão se afastando do senador Marcos Rogério (DEM). Já foi emitido um  comunicado para os diretórios municipais do PSD afastando o partido do senador das suas alianças preferenciais no pleito deste ano.

Outros rumos

A se confirmar as beligerâncias na aliança que envolve PSDB/DEM/PSD, os partidos poderão tomar caminhos diferentes nas eleições municipais deste ano. Na capital o empresário Vanderlei Oriani (DEM) poderia entrar na peleja da prefeitura de Porto Velho, por exemplo. Mantida a aliança seria descartado do projeto. As articulações  – bem como a tentativa de pacificação– seguem nos bastidores numa corrida contra o tempo já que as convenções partidárias se aproximam..

Os impeachments

Até agora os processos de impeachments dos governadores do Amazonas e do Rio de Janeiro, motivados por superfaturamento na compra de equipamentos para atender a pandemia, não avançaram. Suspeita-se, como ocorre em outros estados, que  os deputados estaduais estão negociando os votos em troca de propinas e nomeações nas esferas estaduais. Nem sempre as chantagens dão certo. Em Rondônia, no governo Ivo Cassol, os parlamentares se estreparam com  as fitas gravadas divulgadas no Fantástico.

A movimentação

O presidente do Diretório Municipal do PDT Ruy Motta já mobiliza o partido para as eleições de novembro. Seguidas reuniões virtuais têm sido realizadas com os convencionais e com os integrantes da chapa a vereança da legenda para alinhar o projeto para a campanha que deve se intensificar a partir de agora com a definição das novas datas do pleito municipal. Ruy tem apoio da militância para ser o candidato a prefeito do partido.

O antagonismo

Estão cada vez mais evidenciadas as diferenças entre o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) e o governador Marcos Rocha (PSL) seja no combate ao coronavirus ou na questão sucessória da prefeitura de Porto Velho. Serão blocos antagônicos na eleição deste ano e por causa disto cada um puxa a brasa para sua sardinha. O divisionismo entre os mandatários estaduais e municipais na capital tem sido um problema sério que vem ocorrendo a décadas. Virou coisa corriqueira. 

Via Direta

*** Os prefeitos eleitos nas eleições de novembro terão reforços no caixa para regularizar até 12 milhões de imóveis no país através da Caixa Econômica Federal *** Em Porto Velho pelo menos 100 mil imóveis precisam de titulação embora o segmento tenha avançado nas últimas gestões *** O PT segue cabisbaixo para as eleições municipais na capital. Precisa de sangue novo, se renovar em Rondônia *** Mesmo com pandemia e tudo temos novos lançamentos imobiliários no mercado na capital e alguns condomínios prontos para a entrega aos mutuários neste final de ano *** Interessante a correção de rumos do presidente Bolsonaro: mais atenção as questões ambientais e reaproximação com chineses e árabes – nossos maiores parceiros comerciais – tão maltratados no início da sua gestão.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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