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Editorial

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Publicado: 20/08/2019 às 14h27min

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Estrada de riqueza abandonada sem estrutura

Moradores do bairro Nacional fizeram ontem à tarde novo protesto com o fechamento da estrada do Belmont, que dá acesso a os portos..

Moradores do bairro Nacional fizeram ontem à tarde novo protesto com o fechamento da estrada do Belmont, que dá acesso a os portos antigos de Porto Velho, principalmente das petrolíferas. O ato é justificável porque a estrada nunca recebe o devido cuidado com restauração e asfaltamento de trechos onde a cada inverno, se acaba em lama e buracos. Pela via passam cargas que geram muita receita para o estado.

O antigo dilema entre município e estado ainda se arrasta e nenhum assume a paternidade da estrada. Diariamente centenas de carretas carregadas transitam pelo bairro Nacional, com cargas inflamáveis que colocam em risco os moradores. Em caso de acidente o estrago será enorme já que as casas são muito próximas. A pista é sinuosa com muitos sobe e desce, o aumenta o risco. Não bastando, além dos caminhões grandes e pesados, transitam pela mesma estrada veículos, motocicletas, bicicletas e pedestres.

O trecho sem asfalto é grande. No inverno os moradores e condutores convivem com o problema das lamas e atoleiros. No verão a poeira toca conta do lugar e não há quem possa suportar. Durante o protesto, os moradores disseram que já não sabem a quem recorrer, e já não acreditam em mais ninguém de tantas promessas não cumpridas.

O fato que chama a atenção é que essa estrada é importantíssima para a economia de Rondônia. É por lá que chegam os combustíveis, um dos produtores que mais geram arrecadação de impostos no estado. A alfândega do Belmont é uma das principais da arrecadação estadual. Apesar do grande volume de negócios existe o descaso com empresários, caminhoneiros e moradores que tem nessa via o único acesso à essa região portuária.

A estrada do Belmont é auto-sustentável pelo volume de negócios que proporciona. Merece uma infraestrutura digna para que garantir segurança aos moradores do bairro Nacional, e aos condutores que todos os dias se arriscam nesse trecho. Sem contar nos prejuízos gerados para as empresas que estão instaladas na região. O protesto foi dos moradores, mas o apelo é também de parte significativa da economia estadual.


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