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VARIEDADES

Estudo descobre que humanos podem se regenerar como salamandras

Os cientistas apostam todas as fichas na descoberta de um novo tratamento, afinal, esse poderia ser o maior salto da medicina em anos

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Publicado: 15/10/2019 às 14h42min

Existem diversas doenças e condições que podem deixar um ser humano totalmente incapacitado. Talvez, o que nos impede, fisicamente de fazer algo, seja o maior dos problemas que alguém pode enfrentar. Embora existam diversos estudos e tratamentos médicos para quem sofre uma grave lesão, ainda não podemos nos curar rapidamente. Imagine como seria se nós, seres humanos, pudéssemos regenerar uma parte do corpo igual as Salamandras.

Infelizmente, não podemos nos dar ao luxo de perder nenhum membro esperando tê-lo de forma natural novamente. Isso porque todos eles são insubstituíveis talvez. Mas, estudos recentes revelaram algo que está surpreendendo outros cientistas do mundo todo, enquanto buscam compreender.

Estudiosos da Universidade Duke, dos Estados Unidos, descobriram que somos muito melhores em regenerar cartilagem do que pensamos. Podemos possuir uma capacidade ainda oculta, conhecida a princípio como “à la salamandra”. Sendo assim, nosso corpo pode ser muito capaz de curar o tecido e regenerá-lo.

Após fazerem essa descoberta, os cientistas apostam todas as fichas na descoberta de um novo tratamento, afinal, esse poderia ser o maior salto da medicina em anos.

O Estudo

Os pesquisadores, envolvidos na pesquisa, coletaram um total de 18 amostras de tecido humano. Essas amostras foram retiradas do quadril, joelhos e tornozelos, pois assim ficaria mais fácil ser realizado. Esses recolhimentos foram feitos a partir de pacientes, que haviam passado por uma cirurgia recentemente.

Após isso, eles utilizaram um espectrômetro de massa que auxiliaria no estudo do número de proteínas em cada uma das amostras. Todavia, esses processos um pouco mais demorados, eram necessários para um resultado preciso.

A princípio, eles determinaram a “idade” da cartilagem nos tecidos. Sendo assim, descobriram que as do joelho eram mais “novas” do que as do quadril, por exemplo. Por outro lado, as do tornozelo eram ainda mais recentes, ou seja, mostravam menos sinais do processo natural de envelhecimento. Uma vez que perceberam isso, puderam mensurar o nosso organismo com o das salamandras.

Esse estudo ainda pode ajudar na explicação do porque a artrite é mais comum na região do quadril. Isso vai contra a crença de muitos, que acreditam ser mais comum no tornozelo. Além disso, mostra o motivo pelo qual no quadril é mais difícil de obter a cura.

Habilidades das Salamandras

De forma curiosa, os achados também se relacionaram com as habilidades naturais da salamandra, como falamos anteriormente. Nesses animais, a regeneração é mais fácil nas pontas do corpo e não no meio. A nível do micro RNA, os pesquisadores notaram outra semelhança com o mecanismo que anfíbios usam para crescer novos membros: as moléculas que regulam o processo de regeneração na salamandra, aparentemente, são os mesmos que controlam o reparo no tecido articular humano.

“Acreditamos que a compressão dessa capacidade regenerativa “semelhante à salamandra” em humanos e dos componentes criticamente ausentes desse circuito regulador podem fornecer a base para novas abordagens. Assim, reparando tecidos articulares e possivelmente membros humanos inteiros”. Essa foi uma fala da fisiologista Virginia Byers Kraus.

“Se conseguirmos descobrir quais são os reguladores que faltam em comparação com as salamandras, poderemos adicionar componentes ausentes. Esses podem desenvolver um meio de regenerar parte ou a totalidade de um membro humano ferido”, completou a estudiosa.

Fonte: Fatos Desconhecidos



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