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Editorial

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Publicado: 18/09/2019 às 11h25min | Atualizado 19/09/2019 às 08h34min

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Estupros aumentam e indicam descaso à mulher em Porto Velho

É lamentável as estatísticas de violência contra a mulher em nossa terra. Dessa vez a nossa vergonha está no 13° Anuário Brasileiro..

É lamentável as estatísticas de violência contra a mulher em nossa terra. Dessa vez a nossa vergonha está no 13° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, onde aponta que os estupros cresceram 16% em Porto Velho no último ano. Ao longo de 2018, a cidade teve 413 ocorrências de estupros. Já em 2017 foram 355 casos. Atualmente, a taxa é de 79,5 casos para cada 100 mil habitantes, o que faz a capital liderar o ranking de vítimas violentadas sexualmente. Ou seja, perdemos para capitais com o dobro ou triplo de nossa população. Transformando esses dados em per capta a vexame é bem maior. Esses dados são de estupros de vulneráveis, quando a vítima tem menos de 14 anos.

Os indicadores mostram a falta de políticas públicas que possam garantir a proteção à mulher e à vida. As instituições pouco fazem para garantir a honra e a dignidade da mulher. O crime de estupro é vergonhoso, nojento e chocante. A mulher que passa por esse constrangimento e risco, carrega trauma para toda a vida. Nada apaga de sua mente a dor emocional sofrida pela violação humana e sentimental. Causa tipo uma revolta interna e uma repugnância sem tamanho.

Os casos de abusos contra meninas é pior ainda. Geralmente acontecem no meio familiar e com consentimentos ou negligências, o que aumenta a dor na alma das vítimas. Muitas dessas meninas em idade da inocência em que mal compreendem o que está acontecendo. E os acusados estão sempre no primeiro grau de parentesco, naquele nível que deveria dar a proteção, no entanto, causam a violência.

Na semana passada tivemos caso de uma bebê abusada dentro de casa. A cerca de dois meses, uma idosa foi assassinada após estupro. Muitos outros registros estão nas estatísticas para mostrar o volume da vulnerabilidade. Os altos índices de ocorrências de estupros indicam que todas as instituições ligadas à causa precisam se mobilizar, repensar suas ações e seus projetos e redimensionar a atuação em defesa da mulher em todas as idades.


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