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Diário da Amazônia

“Eu veto se Congresso quiser R$400, R$500 ou R$600”, diz Bolsonaro sobre auxílio

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que há consenso com a equipe econômica para o pagamento de mais parcelas da renda..

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Publicado: 12/06/2020 às 10h50min | Atualizado 12/06/2020 às 10h51min

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que há consenso com a equipe econômica para o pagamento de mais parcelas da renda emergencial a vulneráveis mas alertou que ela não será de R$ 600 e que o valor será vetado, caso seja aprovado pelo Congresso.

Presidente Jair Bolsonaro coloca máscara de proteção em Brasília 09/06/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Segundo ele, uma prorrogação do valor cheio da renda irá aumentar excessivamente o endividamento do país.

“Duas parcelas já houve consenso com a equipe econômica”, disse, em live do presidente em sua conta no Facebook.

“A parcela não seria de R$ 600, a gente não pode gastar mais R$ 100 bilhões. Não tem como. Eu gostaria que fosse possível”, afirmou.

Bolsonaro defendeu que é necessário que os Três Poderes tenham responsabilidade, porque “se o Brasil quebrar, não tem para ninguém”.

“Vamos supor que chegue a uma proposta de duas (parcelas) de 300 (R$). Se a Câmara passar para 400, 500, ou voltar para 600 (R$), qual vai ser a decisão minha para que o Brasil não quebre?”, questionou.

“É o veto”, completou, voltando a cobrar que governadores e prefeitos flexibilizem as regras de distanciamento e isolamento social –medidas de contenção da disseminação do novo coronavírus– para que a atividade econômica seja retomada.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem declarado a tendência, entre deputados, favorável a mais duas parcelas de 600 reais. Também tem martelado, no entanto, que os parlamentares estão abertos à negociação com o governo.

Fake news

Ao comentar sobre o Judiciário, Poder com quem tem protagonizado embates, Bolsonaro avaliou que, no seu “entendimento”, “interfere em muitas ações” que não deveria.

O presidente aproveitou a transmissão ao vivo para cobrar que o Supremo Tribunal Federal (STF) também promova ações de busca e apreensão contra parlamentares contrários a ele no âmbito de inquérito que apura possível associação criminosa de disseminação de fake news, que contaria, inclusive, com o financiamento de empresários.

Ação da Polícia Federal no fim de maio autorizada pelo STF cumpriu mandados de busca e apreensão contra aliados e apoiadores do presidente.

Bolsonaro também comentou ações em análise no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), movidas pelas chapas presidenciais encabeçadas por Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL) em casos referentes a um ataque de hackers de uma página no Facebook intitulada “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”.

“Espera aí, oh, TSE, alguém hackeou uma página lá e quem tem que ser cassado sou eu, pô? Não tem cabimento uma coisa dessa aí”, afirmou.

Para ele, as ações, que tiveram sua análise adiada na última terça-feira por um pedido de vista, deveriam ser arquivadas e deixam claro o intuito da tentativa de “querer decidir no tapetão”.

Considerou ainda exagerada qualquer decisão de cassação de uma chapa por conta de um hacker e ironizou que o responsável pelo ataque à página seria um “gênio” se com essa invasão tivesse a capacidade de interferir nas eleições.

 

Reuters



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