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PLANTÃO DE POLÍCIA

Ex-deputado vai a juri acusado de planejar morte de assassino

O crime ocorreu em 1997, segundo o Ministério Público o ex-deputado está envolvido; a vítima teria sido torturada e assassinada

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Publicado: 11/10/2019 às 08h57min

O ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, que atualmente está preso no Acre, é acusado de ser o autor intelectual da morte de José Hugo Alves Júnior, conhecido como Huguinho, em janeiro de 1997, na região de Parnaguá, no Piauí.

O julgamento de Hildebrando ocorre no próximo dia 13 e novembro e a participação dele poderá ocorrer por videoconferência. “Considerando que há notícia de que o Acusado HIDELBRANDO PASCOAL NOGUEIRA NETO encontra-se custodiado no Estado do Acre, OFICIE-SE a Ilustre Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Piauí solicitando auxílio a esta unidade judiciária na realização da referenciada sessão de julgamento, possibilitando a participação do aludido réu, seja com o recambiamento provisório do Acusado, seja com a disponibilização de sistema de videoconferência (art. 185, §2o, do CPP), inclusive intermediando eventuais tratativas com o Egrégio Tribunal de Justiça do Acre”, diz o despacho assinado pelo juiz da vara única da Comarca de Parnaguá, José Sodré.

Em 2014, Hildebrando foi ouvido por carta precatória sobre o crime, no Acre, enquanto estava preso, mas preferiu silenciar às perguntas do juiz.

Entenda o caso

Huguinho é acusado de ter matado o subtenente Itamar Pascoal, irmão de Hildebrando, com um tiro no ouvido, após discussão num posto de gasolina, no dia 30 de junho de 1996. Agilson Firmino dos Santos, o Baiano, teria ajudado Huguinho a fugir.

Hildebrando Pascoal, com auxílio do primo Aureliano Pascoal, então comandante da Polícia Militar do Acre, mobilizou a corporação para vingar a morte do subtenente. De acordo com a denúncia do Ministério do Piauí, Huguinho foi localizado e sequestrado por Hildebrando, em janeiro de 1997, na fazenda Itapoã, em Parnaguá. De lá, foi levado para o município de Formosa do Rio Preto (BA), onde foi torturado e assinado, sem chances de defesa e com requintes de crueldade.

Pascoal havia distribuído no Acre cartazes de “procura-se” com a fotografia de Mordido em que oferecia R$ 50 mil em dinheiro por informações que o levassem ao assassino de seu irmão.

Pela morte de Baiano, assassinado com uma motosserra, Hildebrando foi condenado a 18 anos, ainda em 2009.

Com informações do site Cidade Verde.



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