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Diário da Amazônia

Ex-ministro do PT é condenado a 10 anos de prisão

Pimentel foi condenado com o agravante de abuso de poder, por ter usado o cargo de ministro para cometer os crimes.

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Publicado: 21/11/2019 às 08h32min | Atualizado 21/11/2019 às 10h10min

A Justiça Eleitoral condenou o ex-governador Fernando Pimentel (PT) a 10 anos e seis meses de prisão em regime fechado por tráfico de influência e lavagem de dinheiro. O inquérito apurou irregularidades de caixa 2 no período em que o petista foi ministro do Desenvolvimento no governo Dilma, entre 2011 e 2014. O ex-governador, entretanto, poderá recorrer em liberdade da decisão. Caso transitada em julgada – ou seja, quando não couber mais recurso, a sentença da juíza Luzia Divina Peixoto, da 32ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, também cassa os direitos políticos de Pimentel.

A investigação, referente à Operação Acrônimo, foi originalmente conduzida pelo Ministério Público Federal, que o repassou ao Ministério Público Eleitoral. Eugênio Pacelli, advogado de Pimentel, afirmou que a condenação “ultrapassou qualquer limite do razoável” e que a sentença, “de fragilidade surpreendente, será inteiramente revista em recurso.” “Nunca vi nada tão despropositado e tão contrário à prova dos autos. Colaboradores mudando versões, fatos claramente inventados na polícia e em juízo, e desvendados em audiência. E acolhidos como verdade”, afirmou a defesa. O advogado afirmou ainda que “essa sentença, de fragilidade surpreendente, será inteiramente revista em recurso.”, diz Pacelli.

No processo, a defesa de Pimentel já havia se posicionado, afirmando que ele jamais pediu vantagem ou prometeu apoio para a campanha eleitoral de 2014. O ex-governador também nega crime de lavagem de dinheiro. “Se houve fraude em notas fiscais com a finalidade de encobertar gastos com a campanha eleitoral, o réu sequer teve ciência muito menos anuência disso”, argumentou a defesa, aponta.

Condenação

Pimentel foi condenado com o agravante de abuso de poder, por ter usado o cargo de ministro para cometer os crimes. De acordo com o processo do Ministério Público Eleitoral, enquanto ele exercia o cargo de Ministro de Estado do Desenvolvimento Indústria e Comércio entre 2011 e 2014, o ex-governador afirmou a empresários que poderia contar com o seu “prestígio” no âmbito do Governo e sua proteção nos processos relacionados a aprovação do projeto junto a Secretaria de Aviação Civil.

Fonte: RedeTV



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