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PLANTÃO DE POLÍCIA

Ex-secretário da Saúde Williames Pimentel é considerado foragido

O ex-diretor financeiro da Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) também está sendo procurado pelos agentes.

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 29/03/2019 às 11h39min | Atualizado 29/03/2019 às 15h03min

A Polícia Civil de Rondônia considera o ex-secretário da Saúde Williames Pimentel foragido da Justiça durante a Operação Pouso Forçado deflagrada nesta quinta-feira (29), pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco). O ex-diretor financeiro da Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) também está sendo procurado pelos agentes.

A operação apontou irregularidades em contratos da Sesau com empresa de transporte aéreo de Porto Velho, na época do governo Confúcio.

Os delegados da Polícia Civil de Rondônia (PC/RO), Aline Neiva Santos, Lawrence K.Lachi e Marcelo Cozac Bomfim requereram a expedição de mandados de busca e eventual apreensão de documentos, aparelhos celulares, computadores e/ou outros dispositivos de armazenamento de dados dos investigados. Também foi pedido a quebra de sigilo telefônico e acesso a conteúdos de aparelhos celulares e computadores.

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Investigação

Foto: Divulgação

A ação é resultado de investigação iniciada em 2017 pela Draco, que teve início a partir de uma denúncia anônima dando conta de supostas irregularidades nas contratações da referida empresa com o Governo do Estado de Rondônia, com destaque para serviços de transporte aeromédico, por meio da Sesau.

As diligências do Sevic da Draco revelaram o vínculo nefasto – e nada republicano – de proprietários e alguns funcionários da empresa de táxi aéreo com a cúpula dos órgãos públicos contratantes.

Os investigadores da Draco materializaram elementos de informação que corroboram a denúncia inaugural quanto à suposta associação de servidores públicos, com o intuito profícuo de beneficiarem a empresa contratada em detrimento da utilização do Grupo de Operações Aéreas (GOA) do Corpo de Bombeiros Militar, que teriam condições de atender à demanda contratada.

Em relação ao contrato de prestação de serviço aeromédico, firmado pela empresa investigada e a Sesau, foram constatadas inconsistências entre as informações prestadas pela empresa e as fornecidas pelo Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Manaus – DTCEA/AM, mormente quanto ao plano de voo fornecido pelos pilotos das aeronaves da empresa aérea. Escorada nessa constatação, em dezembro de 2018, a DRACO cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da Secretaria, resultando na apreensão física dos autos do respectivo processo de contratação.

Nos 18 (dezoito) volumes do processo apreendido foram juntados as notas fiscais e relatórios médicos dos pacientes transportados pela empresa, nos anos de 2016, 2017 e parte do ano de 2018.

Já no início da análise, identificou-se que a maioria das informações prestadas pela empresa (dados da aeronave, os locais de partida e chegada, horas previstas de pouso e decolagem, rota, altitude, nome dos passageiros, tripulação, o percurso, dentre outras informações), quando da comprovação dos transportes, era discrepante àquelas fornecidas pelo DTCEA.



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