O ex-secretário de saúde do município de Vilhena, Vivaldo Carneiro Gomes, foi preso pela Polícia Federal (PF) no final da tarde da última sexta-feira (21). Segundo o advogado de defesa de Vivaldo, os federais haviam lhe intimado a depor, e ao chegar à delegacia recebeu voz de prisão. Pesa contra ele acusações de coação à testemunha, forjamento de provas e ainda desvio de recursos públicos. Após ser preso, Vivaldo foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil (DPC) onde fora submetido a exames de corpo de delito, e em seguida encaminhado à cadeia pública de Vilhena, onde também encontram-se o ex-secretário governamental do Poder Executivo, e homem de confiança do prefeito Zé Rover (PP) Gustavo Valmórbida, e o servidor público Nicolau Júnior.
A prisão de Vivaldo é mais um desdobramento da Operação “Stigma”, conduzida pela Polícia Federal. As investigações começaram há cerca de cinco meses e tem como objetivo apurar denúncias de corrupção dentro da prefeitura de Vilhena. O delegado de Polícia Federal, Flori Cordeiro de Miranda Júnior, está conduzindo as investigações e, embora revele poucos dados acerca do assunto, disse à imprensa que todas as secretarias do município estão sendo investigadas. O Ministério Público Federal (MPF) que trabalha em parceria com a PF reforça a linha de investigação da polícia.
Vivaldo abriu mão do cargo de secretário após a operação se tornar pública como forma de colaborar com os federais. Entretanto, continuava frequentando a secretaria de saúde por ser servidor público concursado. Além de Vivaldo, Gustavo Valmórbida, e Nicolau Júnior, os advogados Carlos e Bruno Pietrobon também estão presos desde o sábado, 15. Pelo fato de serem causídicos, pai e filho (respectivamente) estão detidos no Centro de Correição da Polícia Militar, em Porto Velho.
Até o momento a PF não confirmou oficialmente o envolvimento do prefeito Zé Rover (PP) nos possíveis esquemas de corrupção investigados. Entretanto, um servidor público lotado na Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e que entregou à PF supostos esquemas de desvio de dinheiro dentro da pasta, confirmou através de sua advogada de defesa, Vera Paixão, que Rover havia sido informado sobre as possíveis ilegalidades que estavam acontecendo. O nome do servidor vem sendo mantido em sigilo tanto pela polícia, quanto por sua defesa