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Diário da Amazônia

Exame fonoaudiológico para alunos da Capital

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) desenvolve um programa de atendimento fonoaudiológico aos alunos da rede pública municipal..

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Publicado: 02/08/2014 às 15h43min | Atualizado 27/04/2015 às 21h54min

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Mais de 100 alunos da rede municipal aguardam para iniciar o tratamento

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) desenvolve um programa de atendimento fonoaudiológico aos alunos da rede pública municipal que apresentam limitações na fala e na audição.
O serviço, iniciado em abril deste ano pelo Departamento de Apoio ao Educando (DAE), atendeu até agora 383 alunos e outros 105 já estão aguardando para iniciar o tratamento.

“Há muita demanda nessa área de saúde por isso abrimos uma licitação e contratamos o serviço de uma clínica. No SUS esse serviço pode demorar mais de um ano e a criança com problemas na fala e na audição tem seu aprendizado comprometido”, explicou Valcélia Sampaio Peres, diretora do DAE.

A aposentada Delcí Rodrigues da Silva conhece bem o problema. Buscou por tratamento para o neto Gabriel, aluno da 3ª série do Ensino Fundamental, por um ano e meio. “Ele só conseguiu através desse programa.

Na escola mesmo ele foi diagnosticado e encaminhado. Tem um mês que está fazendo as sessões e já mudou muito. Está até mais educado em casa, mais concentrado e estudioso. Já chega da escola preocupado, abrindo logo os cadernos para fazer as tarefas”, conta animada a avó.
Segundo Adriana Travain, técnica responsável em acompanhar as famílias das crianças atendidas, o processo de triagem é feito nas escolas. O aluno que apresenta algum indício de problema é encaminhado a um profissional da clínica, passa por exames e, se for necessário, pelo tratamento. As sessões são feitas duas vezes na semana e há alunos que precisam de até 40 procedimentos para solucionar alguma limitação.
“É muito importante que os alunos com esse tipo de problema sejam tratados. Dificuldades ao falar e ouvir impedem um pleno aprendizado e também limitam o desenvolvimento comportamental da criança. Ela se torna mais insegura e inibida, por ter dificuldades em se comunicar”, argumenta Travain.

Após oito sessões com a fonoaudióloga, Regiane Nogueira já notou mudanças no comportamento de seu filho Wesley, aluno do 1º ano do Ensino Fundamental. “Ele era calado e um pouco nervoso. Agora está mais alegre, conversador e conseguiu aprender a ler. Antes só brincava de carrinho, agora quer ficar me contando historinhas o tempo inteiro”, afirma.



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