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Exército apreende armas artesanais em presídio

Operação de Garantia da Lei e da Ordem foi coordenada pelo Exército junto com a Sejus.

Publicado: 13/08/2017 às 06h45

Objetos cortantes e quase mil perfurantes foram apreendidos no novo presídio de Ariquemes

Na última quinta-feira (10), sob coordenação do Exército, uma varredura foi feita nos dois presídios de Ariquemes, que resultou na apreensão de aparelhos celulares, carregadores, chips de celular, drogas, isqueiros, 26 objetos cortantes, incluindo serras para cortar ferro, e 999 hastes de ferro que poderiam ser usadas como armas em um possível conflito entre presos.

O general de 17ª Brigada de Infantaria de Selva, José Eduardo Leal de Oliveira, ao apresentar os resultados da Operação Ajuricaba, disse que se surpreendeu ao ver a quantidade de serras e pedaços de ferro apreendidos nas celas do novo presídio de Ariquemes, que foi inaugurado há poucos dias.

O novo centro de ressocialização de Ariquemes ficou conhecido no Estado por ter registrado uma fuga de mais de dez presos logo pouco tempo depois de ser inaugurado.

O secretário estadual de Justiça de Rondônia, coronel da Polícia Militar (PM) Marcos José Rocha dos Santos, também se disse surpreso uma vez que, segundo ele, nenhum dos 480 apenados do novo presídio receberam visitas de parentes.

Ou seja, apenas os presos e os funcionários da casa tiveram acesso ao presídio. “O governo tem feito de tudo para controlar o que entra nas unidades prisionais. A questão é o caráter de algumas pessoas que têm acesso ao sistema”, comentou o secretário.

“Na revista de quinta (10), notamos que algumas grades da carceragem estavam começando a ser serradas. Se não tivéssemos recolhido as serras, possivelmente haveria mais uma segunda fuga”, destaca o general de brigada José Eduardo Leal.

A operação foi a quarta realizada em Rondônia e teve por objetivo detectar materiais ilícitos e proibidos, que podem ser utilizados por facções criminosas na disseminação do terror dentro e fora do sistema prisional, como aconteceu há alguns meses nos Estados vizinhos.

O procurador-chefe do Ministério Público Militar, José Luiz, que acompanha as operações de varredura nos presídios na região Norte, foi questionado sobre a eficácia das operações no que se refere ao fim dos conflitos entre facções. Ele respondeu que a varredura é a resposta imediata que o Estado dá para a sociedade, como forma de proteção à comunidade e aos próprios presos.

Todo o material apreendido, de acordo com o general, será catalogado e o que não for proibido será devolvido ao sistema carcerário. Segundo o oficial, o trabalho de catalogação é feito junto com agentes penitenciários do próprio presídio.

Por Natália Figueiredo Diário da Amazônia

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