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Diário da Amazônia

Exército faz balanço da operação Verde Brasil

Os resultados são baseados nas ações realizadas nos estados de Rondônia e Acre e no extremo Sul do Amazonas

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Publicado: 01/11/2019 às 17h49min

A 17ª Brigada de Infantaria de Selva (17ª Bda Inf Sl) avaliou como positivos os resultados da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) Verde Brasil realizada no período de 24 de agosto a 24 de setembro na área de atuação da Força Terrestre Componente (FTC) Príncipe da Beira, que abrange os estados de Rondônia, Acre e extremo Sul do Amazonas.

A atuação das equipes de campo contribuiu para a redução dos focos de calor em 44% no estado de Rondônia e 32% no Acre, se comparados com o ano passado, de acordo com os dados disponíveis no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os números de focos de calor ficaram abaixo da média histórica em ambos os estados.

Ao longo da Operação, foram realizadas 221 patrulhas terrestres e 45 fluviais, 39 reconhecimentos aéreos, 33 postos de bloqueio de controle de estradas e 4 ações contra garimpos, resultando em 1.358 revistas (caminhões, ônibus, carros, motos, embarcações e aeronaves) e 95 pessoas detidas. Ao todo, foram ocupadas 17 bases de operações nos dois meses.

A operação combateu e debelou 947 focos de incêndio em toda a área de atuação da FTC, com emprego de equipes mistas de brigadistas e lançamentos de água próximo a 600.000 litros. Também, foram realizadas 221 ações contra o desmatamento e o corte ilegal de madeira, o que resultou em 247 Termos de Infração, 1.533 m³ de madeira apreendida, embargo de 12.542,61 hectares e aplicação de multas, que somadas totalizaram R$ 87 mil.

No estado de Rondônia, as Ações ocorreram nas Terras Indígenas (TI) Karipuna, Igarapé Lage, Igarapé Ribeirão, Uru-Eu-Wau-Wau, Rio Branco, 7 de Setembro e Roosevelt; nos Parques Nacionais de Pacaás Novos e da Serra da Cutia; nas Florestas Nacionais (FLONAS) do Jamari, do Jacundá e do Bom Futuro; nas Reservas Biológicas do Jaru e do Guaporé; nas Reservas Extrativistas do Rio Ouro Preto e de Jaci-Paraná; e no Parque Estadual de Guajará-Mirim.

No Acre, as operações ocorreram nas Terras Indígenas Alto Rio Purus, Jaminawa, do Igarapé Preto, e Arara, do Rio Amônia; no Parque Nacional da Serra do Divisor; e nas Resex Chico Mendes e Cazumbá-Iracema. Já no estado do Amazonas, as ações ocorreram nas Terras Indígenas Tenharim Marmelos e Kaxarari, nos Parques Nacionais dos Campos Amazônicos e do Mapinguari, na Flona do Iquiri e no Projeto de Assentamento Extrativista (PAE) Antimary.

A Brigada Príncipe da Beira também cita a destruição de 37 acampamentos em áreas não autorizadas e de 13 pontes clandestinas, além das seguintes apreensões: 20 dragas, 25 caminhões, 26 tratores de esteira, 2 barcos, 6 veículos leves, 29 motocicletas, 51 motosserras, 15 máquinas de mineração, 11 geradores, 22.293 litros de combustível, 34 celulares, 78 armas, 136 munições, 26 armas brancas, 4 rádios comunicadores, 4 animais silvestres, 3 litros de mercúrio, 1 detector de metais, 1 perfurador de solo, 17 bombas elétricas, computador, GPS, câmara de filmagem, gravador, R$ 5.825,00 em espécie, além de ferramentas e cerca de 550 outros itens, avaliados em R$ 11 mil.

O total de prejuízos impostos aos infratores das leis ambientais chegou ao montante aproximado de R$ 122 milhões. Também foram desencadeadas Ações Cívico Sociais (ACISO) e de conscientização nos distritos e comunidades adjacentes às bases de operações. Nessas atividades, foram realizados 1.593 atendimentos médico-odontológicos, 1.362 procedimentos diversos de prevenção de saúde, 725 exames e distribuição de 100 medicamentos.

A operação Verde Brasil empregou um efetivo total de 1.433 homens e mulheres, atuando em conjunto com diversas instituições federais e órgãos de segurança pública e fiscalização dos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. Durante o período de atuação, a operação concentrou 152 viaturas terrestres, 30 embarcações e 13 aeronaves, que juntas voaram cerca de 195 horas.

Em uma cooperação internacional, a 17ª Bda Inf Sl recebeu o apoio de 11 brigadistas do Estado de Israel. Os estrangeiros atuaram no combate a focos de incêndios, compondo patrulhas combinadas, ao lado de brigadistas brasileiros (IBAMA, ICMBIO e CBM/RO) e de equipes de fiscalização e de segurança. Durante o tempo de permanência em Rondônia, os israelenses também trocaram experiências, apresentando seus equipamentos de combate a incêndios em zonas rurais, sensores tecnológicos, drones e aplicativo desenvolvido para a missão.

 

Fonte: Ac24horas



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