O Exército fez treinamento de Tiro de Ação Imediata (TAI) com os agentes que atuam na penitenciária federal de Porto Velho. Foram utilizados como equipamentos o Fuzil IA2, calibre 5,56 milímetros, e Pistola calibre 9 milímetros (armamentos de grande potencial ofensivo). Esse tipo de capacitação prepara a tropa para agir em caso de intervenção em momentos de mobilidade, principalmente em ação de patrulha. Desde o início de fevereiro a segurança foi reforçada dentro e fora da penitenciária com a chegada dos chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital), transferidos de presídios de São Paulo.
A Técnica de Ação Imediata é um procedimento militar de conduta de patrulhas, onde se faz necessário amenizar as consequências de problema surpreendente. A ação envolve a prática de tiro fixo ou em movimento, simulando perseguição e busca. Nesse treinamento com os agentes do Departamento Penitenciário Federal (Depen), o Exército também ministrou instruções de técnica do material, técnica de tiro, Instrução Preparatória para o Tiro (IPT), além de uma pista escola de tiro de combate, onde os participantes puderam colocar em prática os conhecimentos adquiridos.
A instrução foi oferecida no dia 25 de fevereiro último, pelo 54º BIS (Batalhão de Infantaria de Selva), unidade pertencente à 17ª Bda Inf Sl (Brigada de Infantaria de Selva), que coordena a operação Tranca Forte responsável pela segurança externa da penitenciária federal desde a chegada dos chefes do PCC.
Sediado em Humaitá (AM), o 54º BIS tem tropas de fuzileiros e infantarias. O destacamento tem habilidades para ações táticas e especializadas. Mantém treinamentos frequentes e conhece bem a região onde está desde 1973.
O fuzil A2 (IA2) é de uso das Forças Armadas, polícias militares e agentes do Depen. Fabricado pela Imbel (Indústria de Material Bélico do Brasil), o IA2 é o primeiro fuzil genuinamente brasileiro, desenvolvido para atender as especificidades de combate e defesa conforme as necessidades internas do país. O equipamento foi desenvolvido para substituir o FN FAL e suas variantes nas fileiras do Exército Brasileiro. Trata-se de um projeto moderno, de fogo seletivo, que, dependendo da versão, pode ter mecanismos diferentes.
