Porto Velho/RO, 20 Março 2024 21:22:28
Diário da Amazônia

Falta de apoio tem levado empresas a fecharem as portas em Machadinho D’Oeste

Uma delas foi o laticínio Rio Belém que parou as atividades por falta de asfalto em 5 km na estrada que passava em frente a empresa

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Publicado: 11/11/2020 às 16h05min | Atualizado 11/11/2020 às 16h07min

Foto: Reprodução

“Precisamos resgatar a esperança de dias melhores para o povo de Machadinho D’Oeste. É necessário colocarmos pessoas com uma mentalidade diferente desses que aí estão comandando o município e nada fizeram pela população”, disse Dr. Bandeira(PSB), que está concorrendo à prefeito de Machadinho D’Oeste nas próximas eleições.

A cidade está localizada no Vale do Jamari, em Rondônia, e possui uma população de cerca de 35 mil habitantes, e assim como várias localidades no Brasil, também está se preparando para as próximas eleições do próximo dia 15.

O que se percebe nas ruas e estradas rurais do município, nas conversas com moradores é um sentimento de desolação com a atual situação do município. Machadinho já foi um dos maiores produtores de café de Rondônia, disputando esse título com Cacoal. Hoje, o que era cafezal virou pasto ou capoeira.

A Emater-RO que no passado exerceu um papel de destaque na extensão rural, dando apoio aos agricultores da região, está com o escritório praticamente fechado na cidade. Essa situação, faz com que os produtores rurais fiquem sem apoio dos técnicos agrícolas no momento de trabalhar a terra, diminuindo as chances de aumento da renda das famílias do campo.

Laticínio

Machadinho D’Oeste possui uma das maiores bacias leiteiras de Rondônia e tinha um grande laticínio, o Rio Belém, para beneficiamento da produção na cidade, que empregava mais de cem pessoas. No entanto, conforme relatos de moradores, devido a falta de asfalto, esse empreendimento que já tinha mais de 14 anos teve que fechar as portas e demitir os funcionários.

A pavimentação da via de acesso ao empreendimento, era uma exigência da multinacional que absorvia toda a produção da empresa. A falta de asfalto fez o laticínio perder o contrato, pois, no verão, segundo a multinacional, a poeira ameaçava a qualidade dos produtos, já que as partículas dela caíam no leite. O pior é saber que o fim das atividades se deveu a não pavimentação de um trecho de 05 Kms de estrada de terra.

Outra empresa que também fechou as portas em Machadinho D’Oeste foi uma olaria que garantia o abastecimento de tijolos para toda a região. “Hoje quem precisa comprar tijolo, tem que pedir em Cacoal e aguarda em uma fila de cerca da 15 dias para a entrega”, disse um morador.

Essas perdas fizeram com que Machadinho D’Oeste experimentasse uma queda na arrecadação de impostos. O outro lado dessa situação é que muitos moradores, em especial jovens, tenham que abandonar o município em busca de oportunidades em outros lugares.(Rondônia ao vivo)



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