Porto Velho/RO, 21 Março 2024 01:01:10
PLANTÃO DE POLÍCIA

Falta de policiamento deixa escolas vulneráveis

Comércio de drogas figura como um dos principais problemas nas escolas da capital.

Por Da Silva Diário da Amazônia
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Publicado: 19/11/2015 às 05h25min | Atualizado 19/11/2015 às 10h54min

Em horários noturnos traficantes fazem ponto pelos arredores das instituições de ensino da rede pública Roni Carvalho/Diário da Amazônia

Em horários noturnos traficantes fazem ponto pelos arredores das instituições de ensino da rede pública Roni Carvalho/Diário da Amazônia

As instituições de ensino da rede pública de Porto Velho enfrentam graves problemas em função da falta de policiamento ostensivo. O tráfico tem sido a maior ameaça e, de acordo com informações de diretores das próprias escolas, tem sido uma tarefa difícil impedir que as drogas entrem e gerem mercado até mesmo dentro das salas de aula. Também pelos arredores das instituições, o tráfico de drogas tem se alastrado e mantido presença “sem cerimônia”.

A informação foi levantada junto à própria Polícia Civil, unidades que atuam na zona Leste da Capital. De acordo com as informações, o número de bocas de fumo e presença de menores no tráfico sofreu um aumento considerável e, isso, tem afetado as entidades que trabalham principalmente com o público adolescente. Outro ponto apontado como alimentador do crescimento do tráfico é a falta de policiamento ostensivo. “As pessoas precisam ver mais a polícia nas ruas. Os marginais andam livremente, atacam as pessoas, vendem drogas, porque sabem que é difícil a polícia aparecer”, diz um pai de aluno que no início da semana tentou reclamar da presença de vendedores de drogas nas adjacências do colégio São Luiz e foi esfaqueado por um “avião”.

Os diretores das escolas, que preferiram não ter o nome, ou a instituição identificados, com receio de represálias, explicam que muitos professores têm se restringido a aplicar os conteúdos e não se envolver nas questões por entenderem que estão sem forças para reclamar às autoridades. “Já ligamos algumas vezes para a polícia, informando sobre uma situação ou outra que tem a ver com o crime de drogas, mas ninguém comparece”, diz.

O maior problema encontrado tem sido principalmente durante os horários noturnos. De acordo com registros feitos na Polícia Civil, principalmente no 6º Distrito Policial, os pontos de ônibus, nos horários entre 21h e 22h30, têm se concentrado o maior número de assaltos relâmpagos. As vítimas, na maioria das vezes, são estudantes dessas escolas que estão cercadas pelas ações criminosas de grupos organizados e marginais “avulsos”.



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